Um dos principais problemas de saúde para o ser humano são as Doenças Crônicas Não Transmissíveis (DCNTs), que promovem a deterioração da saúde de forma progressiva e multifatorial. Estas correspondem a um conjunto de doenças, como cardiovasculares, Diabetes Mellitus e Alzheimer, sendo responsáveis por cerca de 70% de todas as mortes no mundo. Diante disso, o presente trabalho teve como objetivo o estudo do fruto maxixe (Cucumis anguria L.), buscando a caracterização de suas propriedades químicas e nutricionais, analisando possíveis potenciais farmacológicos a partir da quantificação dos metabólitos e micronutrientes. Primeiramente, as amostras do fruto foram extraídas via aparelho shaker, utilizando o solvente etanol P.A. Posteriormente, foi possível realizar a quantificação de compostos fenólicos ー utilizando um Espectrofotômetro UV-VIS ー que apontaram concentrações de 2,842mg e 1,919mg de compostos fenólicos por grama do fruto com e sem casca, respectivamente. Após isso, as amostras de casca e da polpa do fruto foram levadas à análise via Espectrometria de massa com plasma indutivamente acoplado (ICP-MS), visando avaliar e quantificar a presença dos micronutrientes existentes. Assim, foram identificados, em maiores concentrações, Ca, Cr, Mg, K e Na na casca deste fruto em comparação com sua polpa. Entretanto, nesta, foi possível observar, em maiores concentrações, a presença de Zn e Mn comparado com a casca. Ademais, foram identificados outros 12 micronutrientes, presentes em baixas concentrações. A partir disto, é possível apontar o maxixe como um fruto promissor no que diz respeito aos mecanismos de homeostasia da pressão arterial, controle glicêmico e prevenção de outras doenças crônicas. Desse modo, o presente trabalho destaca a importância da inserção do maxixe na dieta humana e seu auxílio, de forma complementar, para o tratamento e prevenção das DCNTs