OBJETIVO: Avaliar a qualidade de vida (QV) dos pacientes com fibrose cística (FC) acompanhados por um centro de referência de Minas Gerais mediante a aplicação de questionário específico e validado.MÉTODOS: Estudo transversal, de análise quantitativa, com aplicação do questionário de QV em FC, escore de Shwachman-Kulczycki e valores espirométricos. A amostra do estudo foi composta por 26 pacientes com idade de 6 a 29 anos e 13 pais de crianças com idade de 6 a 13 anos. Os participantes foram divididos em três grupos: grupo I (6 a 13 anos), grupo II (pais ou cuidadores de crianças de 6 a 13 anos), grupo III (≥14 anos). Os escores foram apresentados por médias e medianas e analisados por meio do teste de correlação linear de Pearson. Foi adotado o nível de significância de 5%.RESULTADOS: Os pacientes com FC acompanhados neste hospital de referência de Minas Gerais apresentavam boa percepção de QV e escore de Shwachman-Kulczycki excelente. No grupo I, foram encontrados valores menores para o domínio digestório (67,49%) e maiores para o domínio execução de tratamento (83,84%). No grupo II observou-se menores pontuações no domínio peso (65,70%) e maiores na imagem corporal (84,61%). No grupo III, valores menores para o domínio social (71,12%) e maiores para alimentação (92,47%). Com relação aos valores espirométricos, encontrou-se valores significativos correlacionando a relação entre o volume expiratório forçado no primeiro segundo e a capacidade vital forçada (VEF1/CVF) aos domínios físico/percepção da saúde e funcionalidade no grupo III.CONCLUSÕES: Os pacientes com FC acompanhados no centro de referência deste estudo apresentaram boa percepção de QV, o que pode ser verificado, na maioria dos domínios analisados, por escores superiores a 50. O uso de questionários específicos para avaliação de QV é um método de baixo custo e de fácil aplicação, devendo ser verdadeiramente incluído à rotina dos serviços de saúde que atendem a população diagnosticada com FC.
Background Potential medium and long-term neurodevelopmental sequelae of severe acute respiratory syndrome coronavirus 2 (SARS-CoV-2) infection during pregnancy have not been ruled out. Thus, we aimed to systematically review and summarize the evidence concerning the effects of intrauterine exposure to SARS-CoV-2 on infants’ development and behavior. Methods Scopus, PubMed, Web of Science, CINAHL, and PsycNet databases were searched for studies published up to November 04, 2022, investigating the repercussions of gestational SARS-CoV-2 on infants’ development and behavior. We performed a narrative synthesis according to updated protocols. Studies using comparison groups and with the Ages and Stages Questionnaires-Third Edition (ASQ-3) scores available were included in a meta-analysis performed according to Cochrane protocols. We used the Newcastle-Ottawa Quality Assessment Scale to analyze the risk of bias. Heterogeneity was calculated using the I2 statistic. Results The search identified 2,552 studies. After removing duplicates and applying the eligibility criteria, we performed a narrative synthesis on eight included studies and a meta-analysis on three. There was no evidence of higher developmental delay rates in infants exposed to SARS-CoV-2 during pregnancy compared to non-exposed infants. However, the exposed infants scored lower than either of non-exposed children and pre-pandemic cohorts in some domains. Pooled results from the random-effects model indicated that SARS-CoV-2-exposed infants had lower scores on fine motor (mean difference [MD]=-4.70, 95% confidence interval [CI]: -8.76; -0.63), and problem-solving (MD=-3.05, 95% CI: -5.88; -0.22) domains than non-exposed (heterogeneity: I2 = 69% and 88%, respectively). There was no difference between exposed and non-exposed infants in the communication, gross motor, and personal-social ASQ-3 domains. Conclusions We did not find evidence confirming the association between SARS-CoV-2 gestational exposure and neurodevelopmental delay. However, the meta-analysis indicated that gestational exposure negatively affected fine motor and problem-solving skills. Robust evidence on the topic is still incipient, and the available studies present methodological inconsistencies that limit the drawing of clear-cut conclusions.
Introdução Entender transferência transplacentária de anticorpos é essencial para adequação de protocolos assistenciais, e estudos em vacina nestas populações (FLANNERY et al., 2021; SONG et al., 2021). Trata-se de estudo piloto do projeto “Inquérito sorológico em papel filtro para SARS-COV-2 em recém-nascidos e suas mães, e monitoramento do desenvolvimento nos primeiros 2 anos vida”, aprovado pelo comitê de ética da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) (CAAE: 42269021.9.0000.5149). Métodos Estudo transversal realizado em cinco cidades de Minas Gerais de abril a junho de 2021. Foram convidadas a participar todas as mães que levaram seus filhos à unidade básica de saúde até o 7° dia de vida para triagem neonatal. Foi realizada punção de calcanhar nos bebês e digital nas mães. As amostras, conservadas em papel filtro e testadas para IgG anti Sars-Cov-2 pelo método ELISA, kit Allserum EIA COVID-19 IgG-Dried Blood Spot (MBIOLOG, 2020). Foi tentado contato telefônico com todas as díades em que mãe e/ou recém-nascido eram reagentes e com parcela sorteada das díades negativas, e aplicado questionário sobre as condições sociodemográficas, gestacionais e perinatais. Resultados Foram coletadas 847 amostras pareadas, em 144 (17%) a mãe e/ou criança eram reagentes (122 mães responderam ao questionário). Entrevistamos 111 mães de díades não reagentes, totalizando 233 mães. Da amostra, 94 mães (40,34%) eram reagentes, sendo que em 82,97% dos casos a sorologia do bebê foi concordante. Já entre as mães não reagentes (n = 125), identificamos 14,40% de bebês reagentes. Houve ainda 14 mães com sorologia indeterminada, e destas, 71,42% dos bebês teve sorologia positiva. Das mães reagentes, 34,04% negaram suspeita de COVID durante a gestação; 56,38% relataram suspeita clínica e laboratorial da doença, sendo esta predominante no 3° trimestre (74,07%). Entre as mães não reagentes, a taxa de suspeita de COVID na gestação cai para 17,30% e predomina no 1° e 2° trimestres (83,33%). 5 mães haviam sido vacinadas na gestação. Conclusão Nosso estudo auxilia no entendimento sobre a imunogenicidade em puérperas assintomáticas, transferência passiva de anticorpos e possíveis casos de infecção vertical. Possui a limitação de a suspeita de doença na gestação se basear no relato das mães.
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