Depois da institucionalização administrativa de uma disciplina (fase 1) um conjunto de instrumentos proveniente da prática profissional em informação-documentação foram vistos como meios de construção de um alicerce (fase 2). Com efeito, parece-nos possível aproveitar as competências adquiridas na produção de instrumentos documentais para traçar os contornos de um campo científico. Estendendo uma pesquisa realizada anteriormente, trata-se aqui de compreender como as linguagens documentais utilizadas nas bibliotecas e na imprensa, no momento da emergência , na França, da disciplina ciências da informação e da comunicação, puderam contribuir para que fosse dada uma imagem desta disciplina a um público mais amplo do que o das universidades que a abriga. A entrada na esfera pública, observada a partir dos instrumentos documentais é encarada aqui como fase de sua consolidação (fase3).
De forma complementar à comunicação entre pesquisadores e a vulgarização da ciência, abre-se uma terceira via à comunicação científica, qual seja, as trocas que se estabelecem entre profissionais e pesquisadores. Nessa zona de trocas muitas vezes considerada como zona de ruptura, o grupo de pesquisa em ciência da informação da Universidade de Toulouse (França), analisa as hibridações que se constituem nessas mediações. Esse posicionamento permite analisar numerosos fenômenos e retornar à definição do documento como construto social.
Palavras-chavemediação híbrida; comunicação científica; cultura da informação; documento; compartilhamento dos saberes
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