Resumo O artigo apresenta os resultados de uma investigação realizada junto a pessoas com quadro psiquiátrico grave de um grupo psicoterapêutico. Partindo da metodologia do Laboratório de Humanidades (LabHum), foram realizados 11 encontros para a discussão da obra O Alienista. Das 22 pessoas que participaram da dinâmica, 14 eram usuários em sofrimento mental. Posteriormente, foram realizadas seis entrevistas de História Oral de Vida, analisadas pela Imersão/Cristalização, técnica inspirada na Fenomenologia Hermenêutica. Os eixos temáticos encontrados foram loucura, estigma, formas de tratamento, ciência, poder e o LabHum. A experiência do LabHum mostrou que este é um espaço com efeito terapêutico, promovendo entre os participantes uma maior compreensão de suas histórias de vida e do lugar que ocupam na sociedade, através da experiência do difuso e do indeterminado, algo que a literatura proporciona. O estudo apontou para a pertinência do LabHum enquanto uma possibilidade terapêutica que é capaz de contribuir e agregar com as formas existentes de tratamento, em consonância com valores e diretrizes da Reforma Psiquiátrica.
A Capelania Hospitalar no Brasil vem crescendo expressivamente, com a implantação de novos serviços por meio do trabalho das Associações Médico-Espíritas em diversas regiões do país. A assistência espiritual objetiva promover uma estratégia de enfrentamento que possa contribuir na recuperação da saúde mental, espiritual e física dos pacientes hospitalizados. O Hospital Universitário da Universidade Federal São Paulo possibilitou o desenvolvimento desta atividade ao Grupo Esperança de Maria, tornando a assistência espiritual ecumênica, pois até então havia a exclusividade dos credos católico e evangélico. Nas visitas feitas aos pacientes, o grupo pôde constatar que o amor e o respeito a si e ao próximo, possibilitam oportunidades renovadoras na melhoria dos pacientes e voluntários. A expressão de religiosidade pretende contribuir com as discussões na relação da espiritualidade e saúde. As visitas aos pacientes hospitalizados foram documentadas, o que nos permitiu relevantes reflexões, ratificando a importância deste serviço e aceitação, atualmente, por crenças religiosas distintas.
O hábito de cantar enquanto embala ou entretém uma criança está presente em diversas culturas. As canções de ninar com suas melodias suaves e ritmo lento envolvem a afetividade. Este artigo reflete especificamente sobre como a música ao vivo modifica a paisagem sonora em unidades de terapia intensiva neonatal (UTIN) ao possibilitar a vivência do afeto e tornar as emoções audíveis, conforme apontado por Zuckerkandl (1973,1976). A base empírica para nossa análise advém de uma pesquisa concluída sobre o potencial de humanização a partir das intervenções musicais realizadas pelo Grupo Saracura em três hospitais da cidade de São Paulo, estudo que utilizou a metodologia de observação participante e entrevista de história oral com pacientes, suas mães e profissionais de saúde e músicos. O estudo incluiu análises de diários de campo e narrativas de entrevistados, realizadas na perspectiva da fenomenologia hermenêutica, que considerou a vivência dos sujeitos envolvidos. Os resultados mostraram que a música, além de tornar o ambiente mais alegre, sereno e confortável para todos, transformou as relações vividas nesse espaço e, consequentemente, tornou-se o ponto de partida para a ampliação da humanização na unidade de terapia intensiva neonatal. Este artigo aprofunda essa reflexão reconhecendo que a presença da música na unidade de terapia intensiva é um meio significativo para gerar vínculos, principalmente quando o tratamento exige que o bebê permaneça na incubadora, fisicamente longe da mãe. A música, ao possibilitar a vivência do afeto, contribui para aumentar a afetividade entre mãe e filho, pacientes e profissionais de saúde, de forma que se tornem potências da vitalidade humana.
Em nossa dissertação, estudamos as fontes do discurso sobre o Ensino Religioso. Para este artigo, considerados os limites desta forma de apresentação, escolhemos apresentar as concepções do Grupo do Não e as reflexões decorrentes para o ER. Ao nos decidirmos pelas fontes a serem utilizadas no trabalho original, optamos por aquelas ligadas à formação da opinião pública, em duas vias: os trabalhos publicados no site: www.strbrasil.com.br. e os artigos publicados pelo jornal Folha de São Paulo. Neste artigo, no entanto, traremos apenas a primeira por considerarmos as questões apresentadas, embora relativas ao Estado de São Paulo, relevantes para o fazer pedagógico do ER em todo o país. Apresentamos a Sociedade da Terra Redonda e seu discurso e compreensão do Ensino Religioso, trabalhando um a um, os textos publicados neste site e apontando as concepções implícitas neste discurso. Como embasamento teórico para compreensão dessa fonte, apresentamos uma leitura do pensamento de Fritjof Capra, relativo à relação entre fé e ciência e de Alain Touraine acerca da modernidade. Para a reflexão acerca da educação e da escola, trazemos Luckesi e Anísio Teixeira. O que pretendemos é contribuir com um avanço na reflexão em busca das bases epistemológicas de um ER possível na escola.
Elementos musicais e suas qualidades afetam os seres humanos que, desde os primórdios, se relacionam com a música. O adoecimento faz com que as pessoas fiquem mais sensíveis às experiências humanas, sejam elas desagradáveis ou não. Estudos já comprovam que a música no ambiente hospitalar tem se mostrado benéfica para a melhora do estado de saúde de pacientes. Neste artigo refletimos sobre a música no hospital, de acordo com a abordagem filosófica de Victor Zuckerkandl, discutindo os conceitos de musicalidade e emoção audível. Ambos os assuntos são tecidos a partir da análise da paisagem sonora hospitalar, embasadas por Schafer, no qual o hospital foi o campo de estudos acústico onde a música adentrou e afetou pacientes, acompanhantes e profissionais da saúde. Assim, notamos que filosofia musical de Zuckerkandl ampliou-nos a compreensão da música como potência para o encontro daquele que está doente com o seu próprio ser para além da doença.
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