Vivianne de Castilho MoreiraThis article is intended to examine the structure and scope of the argumentation drawn in Metaphysics Γ 4, 1006a18-b34. As we shall see, though this passage does not bring a complete proof of the Principle of Non-Contradiction (PNC), it corresponds to its first step, which consists in determining the conditions of meaning necessary for discourse. That passage encloses in nuce the reasons which underlie Aristotelian conviction concerning the conventional nature of names and also brings to light the way this conventional nature of names must be understood according to Aristotle.O presente trabalho é dedicado ao exame do trecho de Metafísica Γ 4 compreendido entre 1006a18-b34, onde Aristóteles dedica-se ao estabelecimento das condições da significação necessária ao discurso 1 O ponto de partida da prova, por outro lado, deve satisfazer a condição elementar do discurso, porquanto, conforme sublinha Aristóteles, seria risível buscar discurso no que nada diz 7 . Claro que, inversamente, a condição elementar do discurso se satisfaz com a mera consumação do ato de dizer algo, o que quer que seja. Visto que, como será detalhado adiante, dizer ou enunciar algo envolve significar algo para si próprio e também para outro, o ponto de partida da prova repousa no duplo compromisso, firmado por aquele para quem a prova é tecida, de significar algo para si próprio e para outrem.Diz Aristóteles:E o ponto de partida para todos os argumentos desse tipo não é dizer que algo é ou que não é (pois alguém imediatamente poderia pensar que isso seria uma petição de princípio), mas significar algo para si mesmo e para outro. Pois isso é necessário se disser algo. Senão não haveria discurso de alguém assim, nem de si consigo mesmo nem com outro 8 .3 1005b11-23. Oxford 2003, p. 92), Aristó-teles opõe aqui "dizer algo" a "dizer nada", o que permite concluir que, nesta circunstância, basta ao adversário satisfazer uma condição discursiva mínima, suficiente para assegurar que ele diga algo, antes que nada. Aristóteles serve-se aqui do verbo "λέγειν" e do substantivo cognato "λόγος", o que nos poderia conduzir a presumir que o que é solicitado ao adversário tenha uma estrutura proposicional. Ele dissolve essa suspeita imediatamente a seguir, sublinhando que, para satisfazer a condição discursiva míni-ma, basta ao adversário significar <σημαίνειν> algo, para si e para outro. Ora, para que algo seja significativo, não é necessário que seja uma proposição; itens discursivos mais simples, como os nomes, também são significativos, como Aristóteles afirma no seu opúsculo De Interpretione (2, 16a19). 8 ἀρχὴ δὲ πρὸς ἅπαντα τὰ τοιαῦτα οὐ τὸ ἀξιοῦν ἢ εἶναί τι λέγειν ἢ μὴ εἶναι (τοῦτο μὲν γὰρ τάχ᾽ ἄν τις ὑπολάβοι τὸ ἐξ ἀρχῆς αἰτεῖν) ἀλλὰ σημαίνειν γέ τι καὶ αὑτῷ καὶ ἄλλῳ· τοῦτο γὰρ ἀνάγκη, εἴπερ λέγοι τι.
Resenha de G. L. LEIBNIZ. Leibniz -De Volder Correspondance. Traduite, annotée et précédée d'une introduction L'Ambivalence de l'Action par Anne-Lise Rey. Paris: Vrin, 2016.
O princípio de continuidade desempenha um papel fundamental no cálculo infinitesimal desenvolvido por Leibniz, na medida em que é com base nele que Leibniz pretende justificar as operações que constituem aquele cálculo. Algumas dificuldades se erguem, contudo, quando se trata de apresentar as condições de justificação do princípio, e essas dificuldades têm exposto o cálculo leibniziano à crítica, já desde a época de sua publicação. Neste artigo, pretendo examinar o princípio de continuidade, bem como as condições de sua aplicação no cálculo infinitesimal, à luz de alguns aspectos da linguagem formal elaborada por Leibniz visando averiguar se e em que medida o princípio pode ser justificável com base na lógica leibniziana. AbstractThe principle of continuity plays an important role in the infinitesimal calculus developed by Leibniz, since it is by appealing to it that Leibniz intends to justify the operations which constitute the calculus. Some difficulties arise, however, when we ask for the conditions by which the principle could be justified, and these difficulties have often exposed leibnizian calculus to criticism. In this paper I intend to examine the principle of continuity, as well as the conditions of its application in the calculus, in the light of some aspects of formal language developed by Leibniz, in order to evaluate whether, and to what extent, the principle can be justified on the basis of the logic of Leibniz.
Neste artigo serão examinadas determinadas passagens do trecho de Metafísica IV 3-4 compreendido entre 1005a19-1006b34 à luz das discussões tecidas por Aristóteles nos Primeiros Analíticos. Visa-se compreender melhor, a partir da lógica estruturada por Aristóteles, as estratégias argumentativas voltadas para a prova do princípio de não contradição adotadas no trecho supramencionado.
A formalização dos raciocínios a que Aristóteles se consagra nos Primeiros Analíticos é restrita, como sabemos, a proposições da forma categórica. Embora reco- nheça certas especificidades formais nas proposições encerrando predicados relacionais, Aristóteles parece reservar-lhes um estatuto secundário, considerando-as, em alguma medida, redutíveis a proposições categóricas. Neste artigo, pretendo examinar algumas passagens de Categorias 7 que possam lançar alguma luz sobre o estatuto que Aristóte- les confere às atribuições relativas, visando melhor precisar as razões que o teriam conduzido a negligenciar um tratamento formal mais rigoroso das proposições relacionais nos Primeiros Analíticos.
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