O objetivo deste artigo é uma interpretação da teoria social de Theodor Adorno e Herbert Marcuse. Para tanto, reconstruímos aspectos de seus diagnósticos de época em dois momentos históricos, o nazismo e o pós-guerra europeu. Apesar de suas particularidades, Adorno e Marcuse partilham a pretensão de compreender a dialética entre aspectos dinâmicos e certa invariância estática, que caracteriza as sociedades burguesas. O desenvolvimento da teoria crítica deve ser entendido, então, como o exame dos traços permanentes da sociabilidade capitalista ao mesmo tempo em que esta se transforma no curso da história. Como conclusão, apresentamos uma breve reflexão sobre a atualidade da teoria crítica para interpretar fenômenos sociais contemporâneos.
Para tecer algumas reflexões acerca das atuais circunstâncias históricas que levaram à deposição de Dilma Rousseff da presidência, nos inspiramos em uma noção da teoria crítica acerca do desenvolvimento do capitalismo na primeira metade do século XX e que apontou para o vínculo entre formas de dominação e o uso de violência: racket. Após uma breve exposição do termo, reconstruímos o cenário político e social brasileiro, especificando algumas de suas condições particulares, como a superexploração da força de trabalho e o modelo neoliberal. Além da relação dos atuais chefes de governo com os rackets, esboçamos um quadro das relações de classe, indicando tanto o aparecimento de grupos conservadores e reacionários quanto os impasses da esquerda. O objetivo é mostrar que o golpe que depôs Dilma Rousseff serve aos propósitos de manter a dominação na sociedade brasileira ao preço da violência.
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