Objetivou-se avaliar a qualidade pós-colheita de frutos de maracujá amarelo comercializado no município de Macapá, Amapá, através da caracterização física e química. O experimento foi conduzido no laboratório de bioquímica do Campus I da Universidade do Estado do Amapá, entre o período de maio e julho de 2010. Foi utilizado o delineamento em blocos casualizados com quatro tratamentos (três supermercados e uma feira livre) e quatro repetições (período de coleta), sendo os frutos coletados no dia anterior a análise. A unidade experimental foi constituída de 10 frutos. Os dados foram submetidos à análise de variância pelo teste f e as médias comparadas pelo teste de Tukey a 5% de probabilidade, usando o software sisvar. Os frutos de maracujá-amarelo apresentaram valor médio de massa média dos frutos (166,67 g), diâmetros longitudinal (87,48 mm) e transversal (76,13 mm), índice de formato (1,17), espessura da casca (8,65 mm), rendimento em polpa (38,70%), sólidos solúveis (11,18%), acidez titulável (3,25%), ratio (3,53), pH (3,12) e preço no varejo (R$ 4,03 kg -1 ). Diante dos resultados pôde-se concluir que os frutos de maracujá-amarelo comercializado em Macapá são de baixa qualidade e, mesmo custando R$ 0,60 kg -1 a mais, os frutos da feira livre, são qualitativamente superiores aos frutos provenientes dos supermercados dessa localidade.
Os Protocolos de Avaliação Rápida de Habitat de Riacho (PARs) são empregados em programas de acompanhamento do estado de conservação de riachos pelas agências ambientais Norte Americanas desde o final da década de 80 e foram criados como ferramentas para possibilitar avaliações ambientais rápidas de baixo custo e fácil aplicação. Projetos envolvendo Pagamento por Serviços Ambientais (PSA), como o Produtor de Águas da Agência Nacional de Águas e Saneamento Básico (ANA), necessitam de monitoramento periódico das ações executadas de modo a atender a Política Nacional de Pagamento por Serviços Ambientais. O objetivo deste estudo foi verificar o desempenho de produtores/trabalhadores rurais e sitiantes (comunidade rural) como voluntários, em comparação com um grupo de profissionais com formação na área ambiental, na avaliação do habitat de riachos utilizando-se um PAR, para subsidiar a gestão participativa da comunidade rural no monitoramento de microbacias hidrográficas. A metodologia consistiu na aplicação de um PAR, por três grupos avaliadores voluntários, em quatro córregos dentro da Área de Proteção Ambiental de Igarapé (APA de Igarapé), no Município de Igarapé – MG. O primeiro grupo foi composto por 15 profissionais com formação na área ambiental, o segundo grupo foi composto por 11 produtores/trabalhadores rurais e sitiantes locais que passaram por treinamento prévio sobre os parâmetros do PAR e ecologia de riachos, o terceiro grupo também foi composto por 11 voluntários da comunidade rural, porém sem treinamento. Também foi calculado o Índice de Qualidade da Água (IQA) para os mesmos trechos avaliados com o PAR, subsidiado pelos resultados da 2° campanha de monitoramento da qualidade da água (2021- 2022) realizada pelo projeto “Guardião dos Igarapés”, na APA de Igarapé. Os resultados do IQA enquadraram a água dos pontos de coleta nas classes “Regular” e “Boa”, enquanto os resultados do PAR enquadraram os trechos avaliados nas categorias “Boa” e “Ótima”. Este trabalho abordou a hipótese de que a aplicação do PAR iria apresentar diferença significativa entre o grupo de voluntários leigos com treinamento prévio em relação ao grupo sem treinamento, contudo não iria apresentar diferença significativa em relação ao grupo de profissionais. A hipótese foi parcialmente confirmada por meio dos testes estatísticos que evidenciaram diferença significativa ou marginalmente significativa predominantemente entre o grupo sem treinamento e o de profissionais. O teste de Fligner-Killeen constatou diferença significativa e/ou marginalmente significativa na variabilidade das respostas entre os grupos nos parâmetros 4, 5 e 10 no Córrego Curralinho; nos parâmetros 3 e 8 no Ribeirão Estiva; no parâmetro 3 no Córrego Batatal e em nenhum parâmetro no Córrego Mosquito, indicando a possível influência da experiência acumulada na avaliação de cada córrego, reduzindo progressivamente o número de parâmetros que tiveram diferença significativa e/ou marginalmente significativa. Foi demonstrado que o treinamento contribuiu para redução da variabilidade das respostas dos voluntários, sendo importante para trabalhos com voluntários de diferentes perfis no monitoramento dos recursos hídricos. Sugere-se a utilização do PAR no monitoramento de projetos produtores de águas que envolvam PSA, assim como em projetos que visam à participação social e ciência cidadã na aferição dos recursos hídricos. Palavras-chave: Protocolos. Habitat físico. Ecologia de riachos. Bacia hidrográfica. Gestão participativa. Monitoramento ambiental.
scite is a Brooklyn-based organization that helps researchers better discover and understand research articles through Smart Citations–citations that display the context of the citation and describe whether the article provides supporting or contrasting evidence. scite is used by students and researchers from around the world and is funded in part by the National Science Foundation and the National Institute on Drug Abuse of the National Institutes of Health.
customersupport@researchsolutions.com
10624 S. Eastern Ave., Ste. A-614
Henderson, NV 89052, USA
This site is protected by reCAPTCHA and the Google Privacy Policy and Terms of Service apply.
Copyright © 2025 scite LLC. All rights reserved.
Made with 💙 for researchers
Part of the Research Solutions Family.