Analisa as trajetórias dos estudantes indígenas nas universidades estaduais do Paraná, ingressantes pelo Vestibular dos Povos Indígenas. Demonstra que a permanência desses sujeitos no ensino superior somente se faz possível mediante a efetivação de um duplo pertencimento acadêmico e étnico-comunitário. Resultado de pesquisa realizada junto aos acadêmicos indígenas, reconhece o ineditismo da experiência paranaense iniciada nesta década e sinaliza sua consolidação por meio da efetiva atuação do Estado, das universidades públicas e das comunidades indígenas.
Analisa as trajetórias dos estudantes indígenas nas universidades estaduais do Paraná, ingressantes pelo Vestibular dos Povos Indígenas. Demonstra que a permanência desses sujeitos no ensino superior somente se faz possível mediante a efetivação de um duplo pertencimento acadêmico e étnico-comunitário. Resultado de pesquisa realizada junto aos acadêmicos indígenas, reconhece o ineditismo da experiência paranaense iniciada nesta década e sinaliza sua consolidação por meio da efetiva atuação do Estado, das universidades públicas e das comunidades indígenas.
Resumo A presença de indígenas nas universidades públicas brasileiras é um fenômeno recente, datado de 2002, com a inédita experiência de ingresso e permanência desses sujeitos nas universidades do Paraná. A trajetória dos estudantes de diferentes cursos de graduação reflete a existência de um duplo pertencimento: ser indígena e ser acadêmico simultaneamente. Este estudo apresenta o testemunho como estratégia do método de história de vida, fazendo uso do diálogo testemunhal e tendo como um dos autores um estudante Guarani do curso de Administração. A narrativa revela desafios, limites e possibilidades do percurso acadêmico de estudantes indígenas nos cursos de Administração, apresentando três aspectos principais decorrentes do testemunho: a afirmação de seu pertencimento étnico-comunitário no interior da universidade, a formação universitária, cujo intuito é preparar os estudantes indígenas como interlocutores entre sua comunidade, o Estado e outras instituições e a intenção empreendedora do acadêmico.
Com o advento do globalismo e das políticas neoliberais, o Brasil conhece uma de suas maiores crises, resultando maior agravamento dos níveis de desemprego no país. A informalização e a precarização do trabalho tornam-se enfáticas, levando o trabalhador a submeter sua força produtiva a salários menores e a sofrer a redução de vários direitos sociais, forçando o governo federal a desenvolver políticas públicas de apoio ao contingente à margem do mercado de trabalho. Nessa seara de iniciativas civis tem se desenvolvido modelos diferenciados para estruturação dos meios populares de produção, oportunizando o fortalecimento do associativismo, de empresas autogeridas, do comércio justo e de bancos comunitários, baseados nos conceitos de autogestão, cooperação, equidade e sustentabilidade. Esses pilares da economia solidária fundam as lógicas de diversas formas de organização de alternativas coletivas que apontam para outra dinâmica da economia, voltada ao desenvolvimento justo e sustentável. O presente trabalho tem a intenção de refletir sobre as iniciativas de economia solidária no Brasil e as políticas públicas para a geração de emprego e renda, tendo como objeto de análise os empreendimentos da região do Vale do Ivaí-PR. Com base em entrevistas e visita aos municípios dessa região, percebeu-se que, apesar da economia solidária ser portadora de uma perspectiva teórico-política crítica do sistema capitalista com vistas à sua superação, ainda não se pode creditar a ela a capacidade de rompimento com o atual sistema. Não se pode encontrar nem mesmo evidências de condições concretas para uma revolução social explícita e declarada, fato este constado em virtude da existência de constante dependência e vínculos em relação ao atual sistema.
RESUMOA atuação de profissionais indígenas formados pelas universidades públicas brasileiras é um fenômeno recente, sendo o Paraná, desde 2002, pioneiro na implementação de ações dessa natureza. Resultado de pesquisas realizadas, esse trabalho intenciona refletir sobre as trajetórias dos acadêmicos indígenas e a emergência de profissionais Kaingang na constituição de novos circuitos de trabalho, voltados à gestão de políticas sociais. Essas trajetórias evidenciam o duplo pertencimento desses sujeitos e a assunção das contradições envoltas nesse processo.
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