Este trabalho se propõe apresentar o caso empírico de comunidades usuárias dos recursos naturais do município de São João da Ponta, nordeste paraense, numa escala espaço-temporal que permita visualizar os usos da terra e dos recursos naturais. Partindo-se de análise comparativa do período antes e após a criação da Unidade de Conservação de Uso Sustentável, categoria Reserva Extrativista, busca-se entender a relação entre essas populações e os usos da terra e dos recursos naturais a partir da análise dos significados e representações que essas populações têm sobre os conceitos de paisagem, território e lugar. A identificação dessas representações contribuirá para a elaboração de uma base de dados georreferenciada que será aplicada no desenvolvimento de um projeto cartográfico, cujos resultados serão espacializados em mapas temáticos. O resultado evidenciará aspectos das mudanças nas dinâmicas comerciais das comunidades tradicionais do município de São João da Ponta e sua atual relação com a Reserva Extrativista Marinha.
Este artigo analisa as transformações ocorridas na dinâmica comercial da produção agrícola do atual município de São João da Ponta, nordeste do Pará. A partir da memória local dos moradores mais idosos, objetiva-se uma análise comparativa entre a produção e a distribuição dos produtos agrícolas da atualidade com as do passado. A rodovia PA-375, que a partir da década de 50, ligou a vila São João da Ponta (hoje atual sede municipal) a PA-136, e esta, a BR- 316, alterou significantemente a forma de escoamento da produção agrícola da citada vila e das comunidades ao entorno. Portanto, busca-se analisar e representar cartograficamente a antiga dinâmica comercial dos produtos agrícolas da vila de São João da Ponta a partir da memória local dos moradores mais idosos até a atual dinâmica comercial dos produtos agrícolas do município de São João da Ponta evidenciando as profundas mudanças ocorridas tanto na dinâmica espacial desses produtos quanto na transformação socioeconômica.
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