O presente artigo tem como objetivo analisar discursos do/no jornal O Globo, um veículo de referência no jornalismo brasileiro, sobre a estratégia de isolamento social como forma de contenção da pandemia de Covid-19. Para isso, tomou como base de observação e análise notícias e reportagens publicadas pelo jornal durante as duas primeiras semanas de medidas (do dia 16 ao dia 26 do mês de março de 2020). O estudo partiu da Análise de Discurso (Pêcheux/Orlandi) para compreender se houve deslocamentos de sentido em relação às medidas e aos embates discursivos que tiveram lugar entre autoridades políticas, de saúde e a própria população. O artigo conclui que mais do que produzir sentido sobre a cena discursiva que se instaurou durante esse período, o próprio jornal se fez ator nessa cena, participando de intrigas discursivas que nela tiveram lugar.
Este artigo baseia-se em um estudo que teve como objetivo analisar as imagens que despertam maior interesse e maior número de compartilhamentos por parte dos internautas a partir do dispositivo em rede Instagram sobre a epidemia de Zika. O recorte temporal abrange novembro e dezembro de 2015, ou seja, os dois meses posteriores à revelação por pesquisadores e autoridades médicas de que a infecção pelo vírus Zika poderia estar associada a casos de microcefalia diagnosticados em recém-nascidos. No estudo, recorremos ao ImageCloud, um aplicativo desenvolvido pelo Laboratório de Estudos sobre Imagem e Cibercultura, da Universidade Federal do Espírito Santo e que permite visualizar uma grande quantidade de imagens em bases de dados, como, por exemplo, nas redes sociais. A análise foi encaminhada a partir dos pressupostos teóricos da análise do discurso.
O presente artigo analisa, na forma de memorial, o conjunto de questões que levaram à formulação da tese de doutorado, defendida em 2007 no Instituto de Estudos da Linguagem, da Unicamp, e seus efeitos sobre as atividades acadêmicas desde então. Partindo de uma meta-análise discursiva de cada questão enfrentada, de cada hipótese em jogo, e de cada reformulação e deslocamento operados desde então, tenta-se compreender de que forma, por não apelar para uma univocidade narrativa, improvável para quase 13 anos de pesquisas, reflexões e orientações, nosso percurso acadêmico é feito de errância subjetiva, lugares provisórios de conjunção e dispersão de sentidos, de indistinção, de incerteza, de trajetos, ancoragens e vestígios - visto que se constitui, justamente, como uma relação entre sujeito, discurso e história.
Professor da UFJF, com doutorado em Linguística (UNICAMP, 2007) e mestrado em Comunicação (UFF, 2002). Desenvolve programa de pesquisas intitulado "Discursos na Mídia sobre o Bem e o Mal-Estar"que abriga estudos acerca dos discursos na imprensa sobre o SUS, acerca dos sentidos e sujeitos da saúde mental em revistas de informação e questões relativas à relação entre mídia, juventude e violências. É professor do Mestrado em Comunicação da UFJF.
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