Objetivo: Descrever um caso de dissecção de aorta diagnosticado e tratado com sucesso pela equipe médica, enfatizando a importância do diagnóstico precoce. Metodologia: Trata-se de uma pesquisa do tipo estudo de caso, descritiva, com abordagem qualitativa, sendo realizada com um paciente procedente e residente da cidade de São José de Piranhas-PB. Para a coleta de dados, realizou-se uma entrevista, que ocorreu entre dezembro de 2018 e março de 2019. Como instrumento, utilizou-se um questionário semiestruturado, contendo dados sociodemográficos e específicos, no intuito de realizar os objetivos do estudo. A pesquisa obedeceu aos princípios éticos de acordo com a resolução 510/16 do Conselho Nacional de Saúde, que trata de pesquisa e testes envolvendo seres humanos. O projeto foi submetido ao Comitê de Ética em Pesquisa da Faculdade Santa Maria. Diante avaliação e aprovação pelo órgão mencionado, solicitou-se a participação do paciente, o qual recebeu esclarecimentos sobre os objetivos e métodos da pesquisa, por meio de informações contidas no Termo de Consentimento Livre e Esclarecido, e após assinatura deste. Resultados: A amostra tratou-se de um homem, pardo, ensino superior completo, com 53 anos de idade, e que foi diagnosticado com dissecção da aorta aos 50 anos após ecocardiograma e angiotomografia torácica e abdominal, apresentando dor torácica de forte intensidade. Após a implantação da endoprótese em aorta torácica, verificou-se ausência de sequelas após o tratamento cirúrgico, e o procedimento interferiu de maneira positiva na qualidade de vida do paciente. Conclusão: As informações acerca dessa temática mostram a relevância para que profissionais da saúde realizem o manejo clínico de pacientes como relatado, desde a sintomatologia inicial até a confirmação do diagnóstico e tratamento. Além disso, o presente estudo pode colaborar positivamente para que novas publicações sobre o assunto sejam realizadas futuramente. Palavras chave: Aorta. Diagnóstico. Dissecção.
IntroduçãoDissecção de átrio esquerdo (DAE) é uma entidade rara, definida como a separação forçada das camadas da parede do átrio esquerdo por sangue, mais comumente associada à cirurgia cardíaca. Apenas casos isolados foram descritos, não se conhecendo verdadeira incidência, etiologia e manejo dessa doença. Descrevemos um caso de dissecção de átrio esquerdo após endocardite infecciosa de valva mitral nativa. Uma complicação rara que merece ser reconhecida e tratada com urgência. Relato do CasoPaciente do sexo masculino, 30 anos, há um ano com sintomas de insuficiência cardíaca e há sete dias com piora da dispneia associada a febre. Ao exame físico acordado, orientado, ritmo regular, sopro sistólico (3+/6+) em foco mitral, ausculta pulmonar com crepitações em dois terços inferiores, edema de membros inferiores (4+/4+), lesões descamativas em dorso e pressão arterial 140 x 90 mmHg.Realizou ecocardiograma transtorácico que evidenciou imagens cavitadas ao nível do anel valvar mitral posterior, com destruição parcial da cúspide posterior e dissecção parcial da parede posterior do átrio esquerdo (Figura 1). Foi observada imagem móvel medindo cerca de 6 x 7 mm junto à parede septal do átrio esquerdo, sugestiva de vegetação (Figura 2), além de refluxo mitral importante e falha de coaptação das cúspides da valva tricúspide com refluxo importante. A pressão sistólica da artéria pulmonar (PSAP) foi estimada em 68 mmHg e foi observado derrame pericárdico discreto.O paciente foi submetido a cirurgia de urgência com achados de valva mitral insuficiente com ruptura de cordoalha, tecido necrótico envolvendo folheto posterior e septos interatrial e interventricular (abscesso da parede septal). Foi realizada a troca de valva mitral por prótese biológica, correção da parede septal, plastia tricúspide (técnica de De Vega) e ressecção com reconstrução de banda ventricular esquerda por abscesso. Paciente recebeu alta hospitalar estável e com acompanhamento ambulatorial.Após um ano e cinco meses, o paciente foi novamente admitido com quadro febril e insuficiência cardíaca descompensada. Nesse momento foi realizado o ecocardiograma transesofágico que mostrou bioprótese mitral com área valvar de 2,1 cm² (estimada pelo pressure half time -PHT), gradiente diastólico médio entre átrio esquerdo e ventrículo esquerdo de 10 mmHg e refluxo mitral paraprotético moderado. Observou-se imagem de provável dissecção de septo interatrial, com formação de grande cavidade ocupada por trombo, e projeção desse trombo para a prótese mitral, levando a restrição relativa da abertura valvar e aumento do gradiente entre átrio esquerdo e ventrículo esquerdo. Foi ainda evidenciada a presença de imagens móveis na extremidade do trombo, sugestivas de vegetações (trombo infectado?) (Figuras 3 e 4). A valva tricúspide apresentava aspecto normal e refluxo leve. A PSAP foi estimada em 41 mmHg.O paciente foi encaminhado para a cirurgia, em que foi visto grande abscesso no anel da prótese mitral e no septo interatrial. Foi realizada a troca da prótese mitral biológica...
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