Revista de Contabilidade e Organizações, vol. 6 n. 15 (2012) p. 95-122
CAPM IN BRAZILIAN STUDIES: AN ANALYSIS OF THE RESEARCH www.rco.usp.br Nas últimas décadas, o modelo de precificação de ativos financeiros CAPM (Capital Asset Pricing Model) tem se sido um tema recorrente nos estudos em contabilidade e finanças, também no Brasil. Com o intuito de conhecer suas principais características metodológicas e constatações, realizou-se um levantamento dos artigos acadêmicos abordando o CAPM e variantes no país, entre 1997 e 2008, apresentados nos EnANPADs e em periódicos nacionais,. A estatística descritiva foi utilizada nas análises. Constatou-se que, em quase 1/3 dos trabalhos houve comparações do CAPM com outros modelos. A versão convencional foi a mais utilizada, e os seguintes perfis foram identificados nesses artigos: 1) naqueles que confirmaram a efetividade da teoria: boa parte informou os dados de modo incompleto; prevaleceram as análises cross-section; o Ibovespa foi a proxy da carteira de mercado mais utilizada; a SELIC foi a proxie do ativo livre de risco preferida; os períodos de análise entre um e três anos predominaram, 2) naqueles que a refutaram: a maioria dos dados estavam incompletos; foco nas análises cross-section, e nos testes em períodos de um a três anos; e o Ibovespa e o CDI foram as proxies mais aplicadas. Além disso, o IGP-DI foi o deflacionador preponderante, muitos não indicaram o tipo de ação utilizada, e os ativos individuais tiveram preferência nos testes empíricos. Concluiu-se que o modelo tem sido satisfatório no país, apesar de alguns elementos utilizados na sua operacionalização não atenderem, exatamente, às premissas da teoria. Porém, devido às anomalias, o seu desempenho tem sido comparado com outros modelos, ou fatores que ampliem sua eficiência têm sido acrescentados.
Este artigo pode ser copiado, distribuído, exibido, transmitido ou adaptado desde que citados, de forma clara e explícita, o nome da revista, a edição, o ano e as páginas nas quais o artigo foi publicado originalmente, mas sem sugerir que a RAM endosse a reutilização do artigo. Esse termo de licenciamento deve ser explicitado para os casos de reutilização ou distribuição para terceiros. Não é permitido o uso para fins comerciais.• RAM, REV. ADM. MACKENZIE, V. 13, N. 2 • SÃO PAULO, SP • MAR./ABR. 2012 • ISSN 1518-6776 (impresso) • ISSN 1678-6971 (on-line) • Submissão: 15 abr. 2010. Aceitação: 6 out. 2011. Sistema de avaliação: às cegas dupla (double blind review). UNIVERSIDADE PRESBITERIANA MACKENZIE. Walter Bataglia (Ed.), p. 106-134.
Resumo O objetivo foi verificar se a estrutura de propriedade influencia na criação de valor e no risco das empresas brasileiras de capital aberto, entre 2005 e 2011, além de analisar os reflexos da crise de 2008 na estrutura dessas empresas. Os dados são secundários e trimestrais, do tipo série temporal e de corte (cross-section). É descritivo e quantitativo. Identificou-se uma tendência de queda nas concentrações de controle e de propriedade total. A estrutura de propriedade influenciou na criação de valor das empresas, mas não repercutiu no desempenho. Influenciou também a estrutura de capital, bem como o risco, o qual acarretou efeitos na criação de valor. Já o desempenho influenciou positivamente na criação de valor, visualizado pelo Q de Tobin. As variações, tendências e características das medidas de desempenho, risco e criação de valor, observadas nos períodos próximos ao da ocorrência da crise financeira global de 2008, são indícios de que essas variáveis tenham sido afetadas pela crise. Palavras-chave: Estrutura de propriedade, criação de valor, risco, teoria da agência, governança corporativa.
publicam com efetividade no EnANPAD, seja devido ao rigor na avaliação ou porque uma parte deles publica somente trabalhos oriundos de dissertações e teses, não se tornando pesquisadores atuantes. Conclui-se, então, que aparentemente há carência de pesquisa científica em CG nos EnANPADs.
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