) from IUPAC © for the Portuguese Language. Additional terms that had not been defined in native Portuguese were included for the benefit of the local community. Additional notes were also included to clarify some important concepts and to highlight the differences between techniques.
INTRODUÇÃOTécnicas que empregam eletromigração em capilares têm se tornado populares e crescido em importância na química analítica, especialmente no campo da bioanálise. Parte dos termos empregados pode ser encontrada em um artigo sobre a terminologia de eletroforese em química clínica 1 , mas em muitos casos estes não podem ser aplicados a técnicas capilares e não levam completamente em conta as definições sugeridas pela IUPAC 2 . Em 1994, Knox publicou um artigo sobre a terminologia a ser empregada em técnicas de eletrosseparação 3 , embora este não esteja em concordância com a nomenclatura da IUPAC para cromatografia 4 . O presente artigo discute e define os termos relevantes utilizados na prá-tica laboratorial, incluindo os nomes das várias técnicas baseadas nos princípios da eletromigração. Deve ser notado que diversas aplicações práticas podem se situar em casos limites, no que diz respeito ao nome de uma destas técnicas em particular.As separações efetuadas com técnicas de eletromigração em capilar utilizam capilares de diâmetro interno reduzido e empregam campos elétricos elevados, sendo baseadas em diferentes princípios de separação que, em alguns casos, podem se sobrepor. Estas incluem as técnicas eletroforéticas capilares e as técnicas cromatográficas capilares que utilizam campo elétrico para bombeamento dos fluidos. Técnicas de eletromigração em capilares têm se mostrado altamente eficientes na separação de íons pequenos, tanto orgânicos como inorgânicos, fármacos, explosivos, corantes, polímeros, proteínas e peptídeos, DNA e RNA, células, partículas, etc. [5][6][7][8][9][10] . A presença do fluxo eletrosmótico (EOF, "electroosmotic flow") pode contribuir para a separação, mesmo quando não é necessária (por ex., em focalização isoelétrica), ou pode ser completamente indesejável. O EOF tem sua origem na atuação de um campo elétri-co sobre as espécies carregadas na região difusa da dupla camada elétrica, formada devido à carga da parede interna do capilar. Como exemplo, para um capilar de sílica fundida em contato com uma solução com valor de pH acima de 2, os grupos silanol da superfície apresentam-se desprotonados e proporcionam carga negativa à parede. Para contrabalancear as cargas da parede há, na região próxima à parede, o excesso de cargas positivas, provenientes dos cátions da solução. A aplicação do campo elétrico ao longo do capilar causa a movimentação dos íons positivamente carregados, presentes na camada difusa, no sentido do cátodo. Para distâncias maiores que a definida pelo plano de cisalhamento, no qual a velocidade eletrosmótica é zero, encontra-se que esta velocidade aumenta rapidamente, até que para distâncias maiores que a espessura da camada difusa (comprimento de Debye) assume um valor constante. ...