A todos que não temem a morte pelo medo de não poder viver...• A Ylisse Promesse: um primo, um irmão, um amigo, um compadre, um mentor, um pai que não chegou a ser avô, um jovem que queria respirar, um dos filhos esquecidos de Deus, um sujeito que perdeu as pernas pela poeira da fronteira e que usou os joelhos e as palmas das mãos para andar que nem cachorro, um corpo haitiano que adubou a terra dominicana sem sequer saber o porquê e o como... Até logo, sangue bom! AGRADECIMENTOSA todos que pisam na terra, que flutam no ar, que nadam na água e que, portanto, justificam a minha e nossa existência.Às vibrações naturais pela vida, segurança e sobretudo, esperança. Nelas, encontrei a energia necessária para tornar mais prazerosa a tarefa de concluir a redação desta dissertação.Aos meus pais, mesmo distantes fisicamente, que sempre estão ao meu lado, me apoiando nos nossos projetos.Aos parentes, amigos, familiares, grupos de estudo e pesquisa, que me deram plena asistência -direta ou indiretamente-durante a pesquisa.A todos os professores que contribuíram no meu ensino -infantil, primário, secundário e superior.À minha orientadora pela constante orientação acadêmica.Aos professores da banca por terem aceito o convite.À Universidade de São Paulo (USP), principalmente a Faculdade de Saúde Pública por ter abrigado um projeto de pesquisa dessa natureza.À CAPES, pelo apoio financeiro.A você que está lendo essa frase, respirando e sorrindo. Saiba que eu sou porque você é! Ayibobo! PREFÁCIO Nasci no Grande Norte do país considerado o mais empobrecido das Américas, o Haiti. Posso dizer que sou um privilegiado por ter tido a oportunidade de acessar a educação fundamental até ingressar no ensino superior, o que é para muitos uma utopia. A minha cidade natal (Gonaïves), para não dizer o país inteiro, é alvo de vários distúrbios políticos, econômicos, sociais, e até mesmo naturais. Embora este cenário tenha sido reforçado após as enchentes devastadoras que atingiram esta cidade, respectivamente, em 2004 e 2008, nenhuma restauração e prevenção têm sido efetuadas, o que acarreta a fuga massiva rumo ao exterior e desvenda a realidade de que o Haiti seja um Estado falido. Da infância e adolescência carrego memórias que desperta(va)m a minha curiosidade em pesquisar sobre os fluxos, entre idas e vindas, partidas e chegadas de seres humanos denominados "estrangeiros" no país de destino. E sendo produto de uma onda migratória recente, isto me incentivou a focar-me sobre o assunto. Assim, como trabalho de conclusão de curso em uma instituição composta majoritariamente por "migrantes a estudo", a Universidade Federal da Integração Latino-Americana (UNILA), fiz uma pesquisa no Sul do Brasil envolvendo trabalhadores haitianos em frigoríficos. Dos resultados, descobri que seria da minha exigência iniciar sem tardar, um outro estudo, uma outra investigação. Vivo com o corpo o que eu pesquiso, e a minha organicidade gera a minha praticidade. De fato, pelas narrativas e pelas vivências tanto no Haiti como na República Dominicana e no Brasil, su...
A migração é um fato social que consiste no entrar e no sair de indivíduos em um ou de um determinado espaço geográfico. A partir de 2010, o Brasil passou a ser o destino de milhares de haitianos em busca de melhores condições de vida, logo depois do desmoronamento do Haiti pelo terremoto de 12 de janeiro de 2010. A presença dos mesmos no território brasileiro gerou um fato imperativo para a inserção no mercado de trabalho e no ensino superior. Nesta perspectiva, este presente artigo possui como objetivo principal retraçar a migração haitiana, enfatizando a inserção e a participação de imigrantes haitianos em universidades brasileiras, especificamente a Universidade Federal da Fronteira Sul (UFFS), no campus de Chapecó, e na Universidade Federal da Integração Latino-Americana (UNILA).
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