Introduction Breast cancer is an important public health problem worldwide, with important disparities in incidence, mortality, and survival rates between developed and developing countries due to inequalities regarding access to measures for the prevention and treatment of the disease. In Brazil, there are higher rates of incidence and a downward trend in mortality in regions of greater socioeconomic development. Objective To evaluate the effect of age, period, and birth cohort on breast cancer mortality in women aged 20 years and older in the states of the Northeast Region of Brazil, an area of high socioeconomic vulnerability, from 1980 to 2019. Methods The death records were extracted from the DATASUS Mortality Information System website (Department of National Health Informatics) from the Ministry of Health of Brazil. Estimable functions were used to estimate the age-period and cohort models (APC) using the Epi library from the R statistical software version 6.4.1. Results The average breast cancer mortality rate for the period was 20.45 deaths per 100,000 women. The highest coefficients per 100,000 women were observed in the states of Pernambuco (21.09 deaths) and Ceará (20.85 deaths), and the lowest in Maranhão (13.58 deaths) and Piauí (15.43 deaths). In all of the locations, there was a progressive increase in mortality rates in individuals over 40 years of age, with higher rates in the last five-year period (2015–2019). There was an increase in the risk of death for the five-year period of the 2000s in relation to the reference period (1995–1999) in the Northeast region and in the states of Alagoas, Bahia, Maranhão, Paraíba, and Piauí. In addition, there was an increased risk of death for women born after the 1950s in all locations. Conclusion The highest mortality rates in all five-year periods analyzed were observed in states with greater socioeconomic development, with an increase in mortality rates in the 2000s, and a higher risk of death in the younger cohorts.
O objetivo foi analisar os efeitos temporais (idade, período e coorte) na mortalidade por homicídios femininos nos estados da Região Nordeste do Brasil, no período de 1980 a 2017. Estudo ecológico de tendência temporal em que foram utilizados modelos APC com uma abordagem bayesiana e o método determinístico INLA (Integrated Nested Laplace Approximations) na inferência dos parâmetros. As taxas de homicídios femininos, para cada estado da região estudada, foram padronizadas pelo método direito, após correção dos registros de óbitos quanto à qualidade da informação e à subnotificação. Além disso, obtiveram-se dados segundo raça/cor, local de ocorrência e meio pelo qual a agressão foi perpetrada. No período estudado, após a correção dos registros de óbito, a Região Nordeste apresentou taxa média de 5,40 óbitos por homicídios a cada 100 mil mulheres, com aumento significativo em todos os estados nos anos 2000. Em todos os estados houve aumento do risco de óbito (RR) por homicídio na segunda e terceira década de vida e efeito de proteção para as mulheres mais velhas. Com exceção de Sergipe, constatou-se aumento do risco de óbito em quinquênios dos anos 2000. Na Região Nordeste e estados da Paraíba, Pernambuco e Piauí, verificou-se efeito protetor para mulheres de gerações mais antigas. Ainda, a maior proporção de óbitos ocorreu em mulheres negras, no domicílio, sendo perpetrado por arma de fogo. Os achados do presente estudo podem estar correlacionados ao processo de disseminação da violência ocorrido no Brasil, nos anos 2000, assim como a ineficiência do Estado brasileiro em proteger as mulheres vítimas de violência.
Suicide is a complex and multi-determined phenomenon. Higher rates are observed in men and are related to multiple risk factors, including mental disorders, financial crises, unemployment, and easy access to highly lethal means of perpetration, such as firearms. We studied the effects of age, period, and cohort (APC) on total and firearm-related suicides in men in Brazil and its major regions from 1980 to 2019. Death records were extracted from the Brazilian Ministry of Health’s Mortality Information System. Estimable functions were used to estimate APC models, through the Epi library of the R statistical program, version 4.2.1. During the study period, Brazil had an average rate of 10.22 deaths per 100,000 men. Among regions, rates ranged from 8.62 (Northeast) to 16.93 (South). The same profile was observed in suicides by firearms. After estimating the APC models, we observed a temporal trend of increasing total suicides for Brazil and regions, except for the South region, where the trend was stationary. The trend was downward for firearm suicides for all locations. A positive gradient was observed in the mortality rate with advancing age for total suicides; and peak incidence between 20–29 years, with subsequent stabilization, for suicides perpetrated by firearms. There was a reduction in the risk of death for suicides perpetrated by firearms in relation to the reference period (1995–1999) for all locations, except in the North region, where the effect was not significant. The younger generations from the 1960s onwards had a higher risk of death from total suicide and a lower risk for those perpetrated by firearms in relation to the reference cohort (1950–1954). We observed a reduction in the mortality trend for suicides perpetrated by firearms, a reduction in the risk of death in the 2000s and for men born after 1960. Our results suggest reducing the risk of death from suicide by firearms in Brazil and regions. However, there is an upward trend in mortality from total suicides in the study period (1980–2019) and for younger cohorts.
Em contextos de crise, os fatores de risco para o suicídio são exacerbados na população, entre eles, o aumento nas dificuldades para atender aos papéis tradicionais de gênero. O objetivo do estudo é avaliar a tendência de suicídios no Rio Grande do Norte (RN) entre 2011 e 2020, buscando dialogar com a perspectiva de gênero bem como lançar luz sobre as possíveis implicações da pandemia de COVID-19 para os suicídios no estado. Os dados utilizados são do Observatório da Violência da UFRN (OBVIO). A tendência temporal foi avaliada com modelos de regressão binomial negativa. Observou-se tendência ascendente para ambos os sexos, com maior crescimento para as mulheres (RR homens=1,05, p=0001; RR mulheres RR=1,07, p=0001). As maiores taxas de mortalidade por suicídio ocorreram em 2020 (homens=13,17 por 100 mil; mulheres = 3,29 por 100 mil), evidenciando os efeitos da pandemia da COVID-19 e da crise socioeconômica associada.
Resumo Introdução Os homicídios femininos apresentam elevada magnitude e transcendência no Nordeste brasileiro. Objetivo Analisar a evolução temporal da mortalidade por homicídio feminino no estado do Rio Grande do Norte (RN) e suas regiões de saúde nos anos 2000. Método Trata-se de um estudo ecológico que utilizou regressão binomial negativa para a análise de tendência. Resultados A taxa de mortalidade média no período foi de 5,08 óbitos por 100.000 mulheres, com as maiores taxas observadas na Região Metropolitana (5,92 óbitos) e Mossoró (5,60 óbitos). A maior proporção de óbitos ocorreu em solteiras, perpetrados por arma de fogo e localizados no domicílio. Verificou-se uma tendência de aumento da mortalidade em todas as faixas etárias até os 49 anos e na Região Metropolitana de João Câmara. Também se constatou tendência de alta na taxa de mortalidade por homicídios por arma de fogo em todas as regiões de saúde, exceto Caicó e Pau dos Ferros, onde houve estacionariedade nas taxas. Conclusão O estado do Rio Grande do Norte e suas regiões de saúde apresentam taxas de homicídios femininos semelhantes aos países com maior violência contra as mulheres, indicando a necessidade de maiores investimentos na rede de proteção à mulher em situação de violência doméstica.
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