Introdução: As populações indígenas são mais vulneráveis a infecções respiratórias e enfrentam situações que podem agravar a evolução e o prognóstico da COVID-19. Nesse contexto, identificar os grupos expostos a maior risco e propor estratégias de predição, prevenção e controle são as premissas da vigilância epidemiológica. Objetivo: Analisar o impacto da pandemia da COVID-19 na população indígena brasileira a partir das internações por síndrome respiratória aguda grave (SRAG). Método: Estudo epidemiológico, descritivo e quantitativo dos casos de SRAG em pacientes autodeclarados indígenas notificados ao Sistema de Informação de Vigilância Epidemiológica da Gripe (SIVEP-Gripe) da Secretaria de Vigilância em Saúde do Ministério da Saúde (SVS/MS) do Brasil, de 1º de janeiro a 16 de junho de 2017, 2018, 2019 e 2020. Resultados: O total de casos de SRAG foi de 688, com 318 confirmados para a COVID-19. Dos pacientes com a SRAG, 237 evoluíram com alta e 211 com óbito. Para a COVID-19, 81 evoluíram com alta e 155 com óbito. Casos e óbitos por SRAG e COVID-19 predominaram no sexo masculino. Houve pico de casos e óbitos entre os menores de 1 ano e entre maiores de 50 anos. Para SRAG, predominaram casos e óbitos rurais e para COVID-19, urbanos. Houve predomínio de casos da SRAG e COVID-19 nos estados do Amazonas, São Paulo e Pará. Já os óbitos predominaram nos estados do Amazonas, Pará e Roraima. Conclusões: As populações ficam sujeitas a situações de maior vulnerabilidade durante a pandemia, constituindo risco para suas saúdes e para o seu patrimônio. Mais pesquisas e ações de vigilância epidemiológica efetivas voltadas para essa população se mostram essenciais.
Introdução: A Vigilância Epidemiológica consiste em um conjunto de ações orientadas para entender a dinâmica de uma doença ou agravo à saúde. Um importante instrumento é o boletim epidemiológico, utilizado para difundir informações técnico-científicas de forma a nortear projetos da saúde pública. No cenário pandêmico da COVID-19, o monitoramento epidemiológico é de extrema importância. Objetivo: Relatar uma ação extensionista de produção de boletins epidemiológicos sobre a COVID-19 em uma universidade federal. Método: Os boletins são produzidos semanalmente, com análise de dados fornecidos pelaOrganização Mundial da Saúde e pelo Ministério da Saúde em mídias oficiais, no mundo, no Brasil, em Minas Gerais e principalmente em Uberlândia, a partir de números brutos e medidas de frequência, além de notícias coletadas dos principais veículos midiáticos do país. Resultados: Foram produzidos 11 boletins, bem como um site e redes sociais onde os materiais são divulgados. A produção ganhou visibilidade no município, tornando-se um importante mecanismo de difusão de informação técnica e científica. A divulgação do boletim está em consonância com as diretrizes do Plano de Contingência Nacional para Infecção Humana pelo novo coronavírus que traz esse recurso, bem como a utilização de redes sociais, como uma forma de facilitar a prevenção e o controle da infecção, por se tornar uma referência para a população em meio ao fluxo de informações, contendo frequentemente fake news. Conclusões: A elaboração de boletins se mostrou uma forma efetiva de realizar a comunicação para a Vigilância em Saúde, tendo grande impacto no enfrentamento da COVID-19, sendo essencial ser veiculada e estimulada em tempos de pandemia no país.
Introdução: O impacto econômico causado pela pandemia da COVID-19 e a paralisação de diversas atividades comerciais é grande. No Brasil, debate-se a necessidade de adoção de períodos de maior flexibilização nas medidas de isolamento social, visando garantir movimentação econômica no país. Para que isso seja possível, torna-se indispensável a atuação efetiva da Vigilância Epidemiológica. Objetivo: Analisar os dados epidemiológicos da COVID-19 em Uberlândia e confrontá-los com as determinações municipais de abertura e fechamento comerciais em diferentes momentos da pandemia. Metodologia: Trata-se um estudo epidemiológico observacional descritivo, utilizando dados secundários, de uso e acesso públicos, dos casos notificados da COVID-19 à Secretaria Municipal de Saúde de Uberlândia, obtidos por meio do Boletim Informativo Municipal. Resultados: Foram realizados 59.994 testes, sendo 14.389 positivos (23,98%) e 45.605 negativos (76,02%). Registraram-se 265 óbitos e taxa de letalidade de 1,89%. Casos confirmados apresentaram tendência de crescimento após aberturas comerciais e tendência de estabilização após fechamento comercial, com tendência de queda após a última reabertura comercial, acompanhada de acúmulo de testes suspeitos e queda da testagem populacional. Entre os internados diários, houve predomínio de homens (59%), maiores de 60 anos (55%) e alocados em leitos de enfermaria (55%). Conclusão: A partir da análise dos dados epidemiológicos e do entendimento preliminar do impacto das medidas adotadas pela prefeitura, foi percebida expressiva influência do grau de abertura comercial nos indicadores da doença, resultando no incremento da frequência de testes positivos e óbitos, com manutenção das internações, o que demostra o impacto dessa doença e a necessidade de aprimoramento das ações de vigilância em saúde no controle da pandemia.
A meningite é uma doença que decorre da inflamação das meninges e do espaço subaracnóideo, podendo ser causada por bactérias, vírus e outros agentes etiológicos. O objetivo deste estudo foi quantificar e caracterizar os casos de meningite no estado de Minas Gerais (MG). Trata-se de um estudo epidemiológico da meningite pediátrica (0 a 14 anos) notificada ao Sistema de Informação de Agravos de Notificação (SINAN) no período de 2010 a 2019. Foram registrados casos no período de estudo, a incidência média de casos foi de 10,32 casos a cada 100 mil habitantes e uma letalidade de 7,86%. Por meio da análise, observou-se que entre 2010 e 2019, houve uma queda de 36% para o número de casos e de 55% para o número de óbitos causados pela meningite, além da redução da incidência (-16%) e da letalidade (-40%). Também se constatou maior letalidade em crianças menores de 1 ano, e predomínio de casos em zonas urbanas e em cidades maiores de MG. As principais etiologias da meningite identificadas no estudo foram a viral (37%), não especificada (27%) e bacteriana (16%), respectivamente. Após uma comparação dos dados encontrados com outras informações da literatura científica, concluiu-se que a meningite ainda é um problema evidente em MG e que a grande porcentagem da não-especificação das etiologias da doença limita estudos epidemiológicos e reflete em problemas diagnósticos e dificuldades na promoção da saúde.
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