A literatura aponta que crianças e adolescentes com enurese podem ser impactados por esse problema e seus pais podem reagir de forma intolerante à condição dos filhos. O objetivo deste estudo foi verificar se havia relação entre a intolerância dos pais e o impacto percebido pelos filhos. Verificou-se também se os níveis de impacto e de tolerância materna são diferentes entre crianças e adolescentes. Participaram 126 crianças e adolescentes, e seus pais. As crianças responderam a uma Escala de Impacto, enquanto seus pais preencheram a Escala de Intolerância. Foi encontrada correlação positiva entre a intolerância da mãe e o impacto sentido pela criança. Verificou-se também que tanto o impacto como a intolerância apresentam correlação positiva com a idade. Estes resultados indicam que o tratamento da enurese, abrangendo em conjunto os clientes e seus pais, com esclarecimentos de ambos sobre as causas da enurese e a ausência de culpa das crianças que não conseguem obter o controle vesical pode minimizar o sofrimento de ambos, mas especialmente dos primeiros. Palavras-chave: enurese; impacto psicossocial; intolerância; relações pais-filhos.
A enurese é definida como a micção normal que ocorre durante o sono. Para o seu diagnóstico, são necessárias a idade mínima de cinco anos e frequência de pelo menos um episódio por mês. As causas mais consensuais são a poliúria noturna, dificuldades em despertar e a hiperatividade detrusora. O objetivo deste trabalho foi comparar crianças e adolescentes enuréticos que se submeteram ao tratamento com alarme, divididas entre dois protocolos de tratamento: presencial e à distância. Participaram do trabalho 61 crianças e adolescentes com idades entre seis e 17 anos e suas famílias. Todos participaram de duas sessões presenciais nas quais foram fornecidas informações sobre a enurese e o tratamento baseado no programa de espectro total. Os participantes foram alocados randomicamente entre protocolos de acompanhamento presencial (n=27) e à distância (n=34). Verificou-se que as crianças e adolescentes acompanhados à distância apresentam resultado comparável ao relatado na literatura, sendo uma alternativa viável ao acompanhamento presencial.
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