A palavra conforto se faz presente no vocabulário dos profissionais de enfermagem durante seu processo de trabalho. Diante disso, objetiva-se, nesta pesquisa, descrever os fatores que interferem na percepção de conforto por parte de clientes oncológicos em tratamento quimioterápico ambulatorial. Esse estudo descritivo e quantitativo foi realizado em um ambulatório de assistência oncológica privada em saúde, situada na Região dos Lagos, no Estado do Rio de Janeiro. Para a coleta de dados, utilizou-se um instrumento composto por duas partes: questões sociodemográficas e a Escala de Avaliação de Conforto em Doentes a realizar Quimioterapia. Dos 30 entrevistados, 70% corresponde ao sexo feminino e 30% ao sexo masculino. O diagnóstico mais destacado foi a Neoplasia de mama. O contexto sociocultural apresentou a maior média entre os entrevistados (M=31,6; DP=5,048), e o contexto ambiental representou a média mais baixa (M=17,2; DP=3,453). Os pacientes oncológicos em tratamento quimioterápico ambulatorial enfrentam alterações relacionadas ao seu aspecto físico e a fatores psicológicos e sociais que afetam a pessoa doente e sua família.

O objetivo deste scoping review é mapear as evidências científicas sobre as práticas de educação em saúde utilizadas pelos profissionais de enfermagem para promover o autocuidado de pacientes com colostomia. Trata-se de uma revisão de escopo pautada nas orientações metodológicas do Joanna Briggs Institute, onde buscou responder à seguinte pergunta de pesquisa: quais as práticas de educação em saúde desenvolvidas e utilizadas pelos profissionais de enfermagem para o autocuidado de pacientes com colostomia? Buscaram-se artigos que abordavam explicitamente os elementos mnemônicos do estudo: População – pacientes colostomizados, Conceito - práticas de educação em saúde dos profissionais de enfermagem para o autocuidado de pacientes com colostomia e Contexto - hospitalar, domiciliar, atenção primária. As estratégias de busca permitiram recuperar 509 fontes de evidências, dos quais 373 foram retirados por corresponder a registros duplicados e mantidos 136 para análise. Por não se enquadrarem nos critérios de inclusão 110 artigos completos foram excluídos, restando 08 estudos a serem incluídos nesta pesquisa.  Conclui-se que para dar apoio ao enfermeiro, as tecnologias educacionais se mostram aliadas no intuito de tornar o momento de orientação sobre o autocuidado com as estomias mais fácil e aprazível, minimizando o impacto do grande quantitativo de informações a serem dadas. Conclui-se que os recursos para realizar a educação em saúde estão se adentrando cada vez mais na enfermagem, contribuindo assim com a promoção do autocuidado, agregando valor aos pacientes e proporcionando uma melhora na qualidade de vida daqueles que dependem de uma bolsa coletora.

Este estudo buscou identificar na literatura as evidências científicas sobre a utilização das tecnologias da informação e comunicação no ensino da graduação em enfermagem. Foi realizada uma revisão integrativa da literatura, entre 2014 e 2018, nas bases Literatura Latino-Americana e do Caribe em Ciências da Saúde; Literatura Internacional em Ciências da Saúde; Base de Dados de Enfermagem e National Library of Medicine National Institutes of Health dos EUA. Descritores utilizados: enfermagem, tecnologia educacional, tecnologia da informação. Como resultados foram encontrados 1001 estudos, dos quais 18 atenderam os critérios de inclusão, de onde emergiram 3 categorias analíticas, quais sejam: o uso da simulação na prática do ensino da enfermagem; aprendizagem baseada em casos e suporte tecnológicos; e as metodologias ativas. Concluiu-se que as características de ensino estão voltadas ao uso de tecnologias o que inclui o aluno no protagonismo de seu aprendizado, para que assim tome as melhores decisões no cuidado de Enfermagem. O estudo visa contribuir para a área da enfermagem, no que tange à valorização da docência em tempos onde o pensamento crítico inclui a capacidade de raciocinar e pensar com lógica, analisar, julgar as situações adequadamente e atuar com uma base fundamentada.

Introdução: Estima-se que mais de 50 milhões de pessoas no mundo tenham diagnóstico de epilepsia, no entanto, um terço dessas pessoas não possuem a patologia controlada, apresentando quadros de convulsão e epilepsia recorrente. Desta forma, buscar novas terapêuticas antiepilépticas são necessárias, a atividade antiepiléptica dos canabinóides têm-se mostrado com grande poder terapêutico. Objetivo: Responder quais os impactos clínicos, terapêuticos e sociais do uso do canabidiol (CBD) em pacientes com epilepsia recorrente. Metodologia: Trata-se de uma revisão bibliográfica no método de revisão de integrativa de literatura, realizado entre os meses de abril e maio de 2021, nas bases de dados da MEDLINE/Pubmed e LILACS, por meio dos descritores e operador booleano “Canabidiol” AND “Epilepsia”. Localizando-se artigos publicados entre os anos de 2016 e maio de 2021. Resultados e discussões: O mecanismo de ação ainda não é bem esclarecido, mas é reconhecido sua atuação sobre as manifestações psiquiátricas e neurológicas nas fendas pré-sinápticas. A terapia associada entre CBD e as terapias convencionais para epilepsia apresentaram melhora significativa nos sintomas epilépticos, havendo relatos de melhora completa dos sintomas em até 87,5% dos pacientes. No entanto, cerca de 10% dos pacientes queixam-se de efeitos indesejáveis e desagradáveis como aumento da ansiedade, angústia, medo, tremor e sudorese excessiva durante o tratamento, dado que seu efeito é dose dependente, necessitando de atenção do prescritor para os efeitos indesejados. O impacto social é relatado pelos pacientes como melhora na qualidade de vida e laboral, dada a diminuição da frequência de eventos convulsivos. Conclusão: A terapêutica associada do CBD com a terapia convencional na epilepsia recorrente mostra-se com grandes impactos clínicos e sociais para os pacientes acometidos. No entanto, requer atenção dos prescritores para manifestações clínicas de efeitos colaterais para readequação terapêutica e seguimento. Diante disto, a importância de novos estudos terapêuticos com o CBD é estabelecida pela necessidade de compreender mecanismos de ação e atuação em demais áreas complexas cerebrais que a epilepsia atua para ajudar no tratamento de diversas manifestações desta patologia neurológica.

Objetivo: Caracterizar a técnica de craniopuntura japonesa como instrumento para o tratamento da dor não específica em profissionais de saúde. Método: Estudo do tipo antes e depois. O cenário foi uma instituição pública de saúde, de assistência em nível primário. O processo de coleta dos dados ocorreu por um período de 4 semanas, totalizando 8 sessões. Foi utilizada a Escala Visual/verbal Numérica antes e após a sessão. Os dados foram analisados com auxílio do programa Bioestat 5.3. Resultados: Foi composto por 7 sujeitos, aproximadamente 41% do total dos profissionais da equipe que compõem o cenário do estudo. A técnica de craniopuntura japonesa auxiliou na redução da dor (p=0,009) em 100% dos participantes deste estudo. Conclusão: A craniopuntura japonesa foi eficaz em todas as sessões, na redução da dor não específica dos sujeitos do estudo.Descritores: Enfermagem, Saúde do Trabalhador, Terapias Complementares, Acupuntura.