As formas graves da tuberculose (TB), TB multirresistente (TB-MDR) e TB extensivamente resistente a medicamentos (TB-XDR),têm tratamento longo, difícil, de alto custo e está associado às sequelas pós-infecciosas crônicas e perda de função orgânica. As sequelas da TB,normalmente,causam comprometimento dos pulmões, morbimortalidade e reduzem a qualidade de vida, principalmente de adultos jovens. Assim, a cura bacteriológica da TB pode marcar o início de uma doença respiratória crônica e infecções recorrentes.Tendo em vista esse panorama tem-se por objetivo descrever o perfil epidemiológico das internações por sequelas da tuberculose,no Brasil, considerando despesas e permanência hospitalares, região do país, faixa etária, sexo e óbito por meio de um estudo epidemiológico,do perfil das internações hospitalares,por sequelas da tuberculose, no período de 2010 a 2019,no Brasil,com dados extraídos do Sistema de Informações Hospitalares do SUS (SIH-SUS), disponibilizados pelo DATASUS.Sob a luz da análise de dados em relação à região,foi observado, no Nordeste, o maior valor total de gastos(R$ 6.881.786,51),por serviços hospitalares,em razão de sequelas de tuberculose,e em cada um de todos os anos avaliados. O maior valor foi gasto, no ano de 2015 (R$ 1.120.344,15), contabilizando 51,3% de todo o gasto do país. A região Norte apresentou situação contrária e, inclusive, em 2019, mostrou gasto de, apenas, R$ 166,95. O maior valor total (R$ 2.182.039,82), ocorreu em 2015. A faixa etária mais afetada,em todos os anos,foi a de indivíduos com 50 a 59 anos de idade,e a menos foi a de 20 a 29 anos. Verificou-se diminuição razoável na morbidade hospitalar na faixa etária de 20 a 29 anos, quando comparados os anos anteriores e atuais, e diminuição progressiva,na faixa etária de 60 a 69 anos. A morbidade hospitalar e a mortalidade,por sequelas de tuberculose,foram maiores no sexo masculino,em todos os anos avaliado. A mortalidade feminina não sofreu alteração importante, durante os anos, mas a masculina apresenta diminuição,desde 2016. A mortalidade,em razão dessas sequelas,apresentou diminuição progressiva e foi,predominante,na região Sudeste (n=30), seguida pelas regiões:Nordeste (n=28) e Sul (n=27). A região Norte teve menor mortalidade total (n=3). No que concerne às internações por sequelas, a região Norte apresentou o menor número total (n=57) e Nordeste, o maior (n=1.474), seguida pelo Sudeste (n=1.112). Logo,observou-se que os maiores valores gastos,por serviços hospitalares,em razão das sequelas por TB,durante todo o período analisado,foram na região Nordeste.Contudo,houve redução progressiva no número de internações,desde 2015, evidenciando que, desde então, a gestão em saúde passou a dar mais enfoque a esse setor, implementando projetos eficientes.