A fitoterapia é uma das terapias buscadas por pacientes oncológicos, que possui conhecimentos transmitidos de geração em geração. Por isso requer o surgimento de novos conhecimentos que beneficiem profissionais de saúde e pacientes no uso seguro, efetivo e racional. A atual pesquisa teve como objetivo analisar o uso de fitoterápicos e/ou plantas medicinais como tratamento coadjuvante em indivíduos com câncer. Trata-se de uma pesquisa exploratória e descritiva, com abordagem quantitativa e qualitativa. Foi baseada em um estudo de campo realizado em uma casa de acolhimento filantrópica do sudoeste baiano, por meio de entrevista direta com aplicação de formulário a 16 indivíduos com diagnóstico de câncer. Foi observado a predominância do sexo feminino (62,50%) e predominância de faixa etária de 51 a 66 anos (43,75%). Nota-se a prevalência de CA de colo de útero/mama (31,25%) e Próstata/testículo (25,00%) bem como de participantes em tratamento de radioterapia (50,00%) e quimioterapia (43,75%). Foram relatadas outras patologias associadas, sendo a mais prevalente, a Hipertensão Arterial Sistêmica (56,25%). No levantamento das plantas medicinais utilizadas pelos participantes, foi notório que a erva cidreira, a erva doce, capim santo, camomila, boldo e a umburana obtiveram um maior padrão de utilização. Os principais motivos encontrados para uso foram: ação calmante, insônia, resfriado, flatulência, alívio de sintomas causados pela radioterapia e problemas digestivos. Os participantes da pesquisa relataram uma contribuição satisfatória após o uso da fitoterapia. Entretanto, destaca-se a percepção dos indivíduos quanto aos riscos da utilização de plantas medicinais, bem como a necessidade de mais pesquisas nesta área.
As sociedades humanas acumulam conhecimentos sobre suas realidades de mundo no transcorrer do tempo, tanto as de tradução oral quanto as de tradição escrita. Esses conhecimentos incluem também as informações sobre as plantas e animais que estão em contato com essas sociedades e que por elas são utilizados de diferentes maneiras e finalidades. Desde as pinturas rupestres até os herbários do século XVII, esses conhecimentos seculares são registrados. Nas tradições orais, cujos conhecimentos passam de geração para geração pela oralidade e experiência do uso, as sabedorias botânicas têm sido estudadas pela ciência e registradas pela etnobotânica, em pesquisas realizadas junto a etnias indígenas e comunidades quilombolas, caiçaras, ribeirinhas e tradicionais e, também, nas religiões afro-brasileiras, sobre as várias utilizações que as plantas têm para essas comunidades.
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