Descritores Resumo ObjetivoDescrever o desenvolvimento do módulo "espiritualidade, religiosidade e crenças pessoais" pelo instrumento WHOQOL-SRPB e relatar os principais achados da pesquisa realizada com grupos focais constituídos por pessoas representativas das práticas religiosas mais freqüentes, pacientes e profissionais da saúde. Métodos São descritas as várias etapas de desenvolvimento do instrumento WHOQOL-SRPB: revisão da literatura, grupos focais, geração de questões nacionais, geração de itens consensuais, desenvolvimento do instrumento piloto, aplicação do piloto, análise do desempenho das questões, desenvolvimento do instrumento definitivo e teste de campo. A etapa dos grupos focais foi aplicada em Porto Alegre, RS, com 15 grupos (n=142), incluindo profissionais da saúde, pacientes agudos, crônicos e terminais, religiosos (católicos, evangélicos, afro-brasileiros e espíritas) e ateus. Foram discutidas as facetas sugeridas pelo grupo de experts, além das dimensões espontaneamente trazidas pelos participantes dos grupos. Resultados e Conclusões A técnica de grupo focal mostrou-se adequada para captar as diferentes opiniões dos participantes, permitindo que fossem testadas as hipóteses dos pesquisadores, redirecionando e/ou ampliando conceitos previamente estabelecidos. Além disso, evidenciou a importância da dimensão espiritual na vida dos pacientes. Abstract ObjectivesTo describe the development of the "spirituality, religiousness, and personal beliefs" for the WHOQOL-SRBP instrument, and
Este artigo se propõe a analisar os limites e as possibilidades de uma ação educativa na redução da vulnerabilidade à violência e à homofobia. Esta ação tem sido financiada pelo programa "Brasil Sem Homofobia", do Ministério da Saúde, e apoiada pelo Ministério da Educação. O objetivo dessa pesquisa foi entender o que os/as professores/as perceberam como dificuldades e problemas relativos a questões vinculadas à sexualidade e à homofobia, que os motivaram a buscar a capacitação no curso e que efeitos essa formação produziu em suas atividades escolares. A metodologia utilizada foram grupos de discussão e entrevistas com professoras que participaram, como alunas, da formação do curso "Educando para a Diversidade". Os principais resultados mostram um recorrente pânico moral, que se refere à idéia de contaminação e estimulação de uma sexualidade não hegemônica, acabando por colocar os próprios participantes do referido curso em uma situação de vulnerabilidade perante a escola, colegas de profissão e familiares.
RESUMOEm pesquisa com escolas estaduais na cidade de Santa Maria (RS), em que entrevistamos 20 professoras, observou-se que não existe a preocupação formal com questões de sexualidade na escola. Discriminações e brincadeiras em torno dos que são ou parecem ser homossexuais são geralmente ignoradas. Professoras entrevistadas relatam grandes dificuldades em tratar o tema homofobia em sala de aula. Os dados indicam que é necessário um trabalho educativo com diretoras de escolas e com orientadoras pedagógicas para que estas sejam sensibilizadas para a questão e possam dar suporte para as professoras que tomam para si a tarefa de abordar temas como a homofobia. Palavras-chave: homofobia; sexualidade; educação; escola. ABSTRACTIn research on state schools in the city of Santa Maria (RS), in which 20 teachers were interviewed, it was observed that there is no formal concern with sexuality issues at school. Discrimination and jokes around those who are or appear to be homosexuals are generally ignored. Teachers interviewed reported great difficulty in dealing with the issue homophobia in the classroom. The data indicated that educational work with school principals and mentors is necessary so that they can be sensitized to the issue and can provide support for teachers who take upon themselves the task of addressing issues such as homophobia.
Este trabalho apresenta um olhar etnográfico sobre a experiência das pessoas que dependem da hemodiálise para continuar vivendo. Neste artigo, o foco é o paciente, apresentamos suas percepções e experiências, tomando como base seu convívio com a doença e suas estratégias de enfrentamento, pois as características bastante peculiares desse tratamento geram uma relação complexa, acompanhada de contradições e ambiguidades. Os entrevistados, com idades entre 18 e setenta anos, estavam há mais de um ano nesse tratamento e revelaram vidas marcadas pela experiência da doença, além de depoimentos que nos levam a analisar a hemodiálise como espaço de liminaridade. Interpretamos, aqui, à luz da teoria antropológica e a partir de alguns depoimentos dos 117 entrevistados, que todo paciente com insuficiência renal crônica, dependente da hemodiálise, vive em um espaço liminar que pode durar meses ou anos.
Pesquisa com abordagem qualitativa cujo objetivo foi detectar práticas de cuidados relacionados à presença de dor em usuários do Sistema Único de Saúde. A coleta de dados concentrou-se em entrevistas com 60 adultos, 34 pertencentes a ambulatório de hospital público e 26 à unidade básica de saúde. Foi realizada análise temática. Observou-se hierarquia de valores relativa ao cuidado em que a mulher aparece como principal cuidadora. A rede familiar é acionada predominando o gênero feminino no cuidado caseiro. A continuidade do itinerário terapêutico ocorre com uso de remédios caseiros, apoio familiar e vizinhança. Recorrem também a Deus e automedicação. O serviço de saúde é procurado após tentativas caseiras. Esse itinerário pode levar algum tempo em que as pessoas convivem com a dor. A pesquisa revela teia complexa de sentimentos e significados que interage com o ambiente sócio-cultural. Conclui-se sobre a importância dos profissionais conhecerem alternativas de cuidado contextualizadas aos usuários.
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