Introdução: A pandemia causada pela síndrome do desconforto respiratório agudo grave coronavírus 2 (SARS-CoV-2, sigla em inglês,) causou diversos impactos e mudanças em diversos segmentos em nível mundial. Manifestando-se, principalmente, como uma doença pulmonar, a COVID-19 apresenta-se com sintomas gripais típicos, e estima-se que 74,3 milhões de pessoas já tenham sido infectadas, com o total de 1,6 milhão de mortes segundo a universidade Johns Hopkins. Uma preocupação crescente com relação ao impacto da infecção em gestantes tornou-se significativa diante da possibilidade de consequências para as mães e os fetos. Segundo o Centro de Controle e Prevenção de Doenças, 49 mil casos de gestantes infectadas com SARS-CoV-2 foram registrados nos EUA. Inicialmente, havia pouco conhecimento sobre as complicações na gestação, entretanto observou-se aumento nas taxas de admissão em unidades de terapia intensiva, necessidade de oxigênio suplementar, ventilação e mortalidade. A persistência de um estado pró-inflamatório não fisiológico associou-se com eventos adversos relatados em diversos estudos, como: nascimento prematuro, má perfusão vascular fetal, ruptura prematura de membranas e eventos tromboembólicos. Diante desse cenário, a criação das vacinas emergiu como uma solução definitiva para os desfechos negativos. Em nossa análise, reunimos dados acerca das taxas de vacinação no estado do Amazonas e relacionamos esses resultados com possíveis fatores associados. Objetivos: Analisar as taxas de vacinação contra o SARS-CoV-2 no estado do Amazonas e identificar fatores que justifiquem a alta ou baixa adesão à vacinação. Materiais e métodos: Trata-se de um estudo epidemiológico com dados disponibilizados pelo Ministério da Saúde, por meio do Departamento de Informática do Sistema Único de Saúde (DataSUS) e da Fundação de Vigilância Sanitária do Estado do Amazonas (FVS-AM). Resultados e conclusão: O Amazonas possui população de 3.802.434 habitantes. Desse total, cerca de 46.000 mulheres são gestantes e puérperas. Desse grupo prioritário, 23.300 receberam a primeira dose e 14.408 receberam a segunda; logo, 31,4% apresentam o esquema primário completo. Ao se analisar a primeira dose de reforço, o número é de 2.795 mulheres vacinadas, representando cobertura de 19,4%. Esses dados são alarmantes, pois já dispomos de evidências científicas robustas que sinalizam o risco de maiores complicações da doença durante a gestação e puerpério imediato, quando se comparam essas mulheres com as da mesma faixa etária que não se encontram em tal período. A baixa cobertura vacinal contra a COVID-19 é uma problemática multifatorial, a disseminação de fake news e a dificuldade de comunicação científica efetiva para a população em geral são alguns dos fatores que explicam essa realidade. Somada a eles, cita-se a falta de efetividade do próprio sistema de saúde para romper burocracias que dificultam o acesso, como solicitações de prescrição médica para a vacinação, além da omissão e até indicação contrária às vacinas pelos próprios profissionais de saúde.
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