O conceito de Geotecnologia se consolidou associado a plataformas SIG’s, softwares de geoprocessamento e/ou processamento digital de imagens. Com o aperfeiçoamento e surgimento de novas técnicas nas últimas décadas devido a constantes avanços tecnológicos, essa limitação conceitual deve ser ampliada, compreendendo geotecnologias como o conjunto de técnicas utilizadas para obtenção de dados em determinado local geográfico, com o objetivo de processar e analisá-los em função de uma hipótese proposta. O objetivo do presente trabalho é abordar as diferentes possibilidades de uso das mesmas a partir de alguns exemplos, além de fomentar a abordagem das mesmas no âmbito da geomorfologia brasileira. O procedimento metodológico ocorreu em duas etapas, sendo a primeira revisão de literatura sobre exemplos de técnicas que podem ser consideradas geotecnologias; e a segunda, análise e quantificação de publicações em anais dos últimos 10 anos do Simpósio Nacional de Geomorfologia (SINAGEO), obtendo, assim, panorama a partir da maior base da dados de trabalhos na temática realizados no Brasil. Ressalta-se que o pesquisador deve considerar a escala de análise adotada para utilizar as Geotecnologias, uma vez que a utilização ou correlação equivocada pode comprometer os resultados e até invalidá-los. Este parece ser o caminho a seguir, sendo a Geografia, Geologia e Geomorfologia brasileira parte desse movimento, contribuindo para o avanço da ciência.