“…Atribui-se a ele, entre outros escritos, um Perì Politeías. Suas plantas urbanas em "grade hipodâmica" apresentavam ruas largas e retas cortando-se em ângulos de 45 e 135 graus (em Mileto, 25 ao norte, o lado mais extenso das casas se estendia no sentido norte-sul, e ao sul se estendia no sentido leste-oeste, respeitando uma "proporção pitagórica" de 6:9 e 4:5 em cada insula da grade) (Van Versedaal, s/d), 26 e ele organizou sua cidade ideal em um sistema tripartido: 27 o terreno se dividia em seções destinadas à religião, a assuntos públicos e a assuntos privados; a cidade se organizava em seções separadas de artesãos, fazendeiros e soldados; os magistrados cuidavam de querelas relativas a assuntos ligados a cidadãos, assuntos relacionados a estrangeiros e assuntos relativos a órfãos; as leis se agrupavam em seções referentes a atos libertinos, lesões e homicídios (Guthrie, 1987: 217-8;Gorman, 1995;Shipley, 2005: 358-9, 387-8;Cursaru, 2006). Desde Estobeu, a atenção urbanística para a numerologia tem por vezes sido atribuída a influências do pitagorismo (Martin, 1974: 16;Hoepfner;Schwander, 1986: 301-10;Lévèque;Vidal-Naquet, 1964: 128 c/ n. 2), notadamente em relação às três partes da alma definidas por Pitágoras (segundo Alexandre Polihistor, cf.…”