A avaliação no âmbito do Pacto Nacional pela Alfabetização na Idade Certa

Abstract

Neste artigo é abordada a avaliação no âmbito do Pacto Nacional pela Alfabetização na Idade Certa. Na primeira seção do texto são discutidas as orientações sobre a avaliação interna à escola, oferecidas pelos materiais de formação do Pacto, com ênfase na dimensão processual e no necessário envolvimento dos diferentes atores da cena educacional com as práticas avaliativas. Na segunda seção é abordada a avaliação externa à escola, a Avaliação Nacional da Alfabetização – ANA – instituída como parte das ações do Pacto. São apresentados os princípios que fundamentam essa avaliação, os instrumentos utilizados para efetivá-la e seus limites e possibilidades. O conceito de validade dos testes utilizados em avaliações em larga escala é problematizado nessa segunda seção, buscando-se ampliá-lo para se pensar, para além da validade psicométrica, a validade de realiza- ção da própria avaliação, diretamente relacionada aos modos de apropriação de seus resultados.

Possibilities of assessment in early childhood education: challenges and contributions of the collective creation of a rubric

“…Foi comum ouvir que a elaboração dos critérios é a fase mais desafiadora e, ao mesmo tempo, a que requer trabalho coletivo, conhecimento sobre o currículo e, sobretudo, sobre as crianças. De fato, de acordo com Micarello (2010), as referências e os critérios para a avaliação devem ter como foco a própria criança. Para R3, por exemplo, o maior desafio foi "estabelecer critérios" de qualidade para confeccionar rubricas que permitam uma avaliação válida, o que também foi indicado por R8: "formular critérios que auxiliem a observação e possam aplicar os encaminhamentos sem comparar as crianças".…”

“…Outra profissional (R8) verbalizou que as rubricas contribuem, pois permitem a construção de "critérios mais objetivos que contribuam no relatório individual" da criança. Critérios que possam ser buscados na criança (Micarello, 2010), mas também em referências curriculares escritas pelos especialistas (Brasil, 2009;BNCC, 2017). Dessa forma, é possível tornar "o avaliar mais objetivo, dando uma certa clareza a respeito das dificuldades e do potencial das crianças" (R7).…”

Educação escolar na primeira infância: entre as pesquisas, as políticas e as práticas pedagógicas

“…Não há dúvidas de que o reconhecimento da importância da educação escolar durante a infância, enquanto direito das crianças, de suas famílias e dever do Estado, representa uma conquista fundamental para o exercício da cidadania desde a primeira infância (MICARELLO, 2015). No entanto, para que esse direito se traduza em realidade, é necessário agir na identificação dos principais entraves relacionados ao acesso, permanência e sucesso escolar das crianças, priorizando recursos para a resolução dos problemas relativos à disponibilidade e adequação de espaços físicos, assegurando processos formativos para professores, reorganizando o currículo e melhorando a estrutura pedagógica dos espaços de atendimento.…”

“…Para Micarello (2010), a intencionalidade das práticas pedagógicas requer planejamento, pois, sem esse instrumento, as atividades propostas às crianças acabam se tornando ações com um fim em si mesmas, desconectadas umas das outras e que não alcançam plenamente seus objetivos. Essas práticas englobam, no seu contexto, a realização das experiências educacionais, a integralidade no que diz respeito aos aspectos afetivo, social, motor e psicológico, e adotam uma postura sensível, atenta, sempre levando em consideração o desenvolvimento da autonomia e o protagonismo da criança.…”

Pensando a Inserção De Políticas De Formação Continuada De Professores Em Um Município De Pequeno Porte: O Que Dizem Os Sujeitos Dessa Formação?

“…Assim, para contextualizar Matias Barbosa, enquanto município de pequeno porte e apresentar como a educação se desenvolve neste locais, tomei como referência os indicadores nacionais, como o censo demográfico, o PNUD, o censo escolar e, informações obtidas no site da Associação Mineira de Municípios e, entrecruzei com autores que se debruçam sobre essa realidade, como Gomes (2008), Pissaia (2011), Marcelino (1993 e Cunha (1995); para apresentar as políticas públicas e a gestão da Educação Básica, tocamos em temas como financiamento, alicerçada em Davies (2006), perpassando pelas atuais políticas do governo Federal para a Educação, com ênfase na formação de professores e na avaliação para alfabetização. Gatti, Barreto, André (2011), Saviani (2007), Micarello (2015) nos ajudaram a atravessar esse caminho. Por fim, traçamos um panorama geral dessas políticas no município de Matias Barbosa, pensamos as atuais tendências para a formação continuada de professores e, pontuamos as iniciativas dos governos Federal e Estadual mineiro.…”