A proposta deste artigo é promover discutições sobre a BNC-Formação (Brasil, 2019) e suas possíveis repercussões na formação de professores de língua portuguesa, observando as Diretrizes Curriculares para os Cursos de Letras (Brasil, 2001). Neste estudo, que se configura um recorte de caráter documental e bibliográfico da pesquisa de iniciação científica “Conhecimentos linguísticos na formação do professor de língua portuguesa (ano II)” e do trabalho monográfico de conclusão de curso “Conhecimentos linguísticos na formação acadêmica do professor de língua portuguesa: percepção dos conhecimentos curriculares sobre ensino de língua de graduandos de Cursos de Letras do Estado da Paraíba”, apropriamo-nos das contribuições de Imbernón (2011), Pimenta (2012), Signorini e Fiad (2012), Tardif (2014) a fim de compreendermos o processo de formação docente que envolve fatores relacionados aos saberes pedagógicos e aos conhecimentos profissionais. Para tanto, analisamos os dados a partir do olhar da Linguística Aplicada Indisciplinar, conforme aponta Moita Lopes (2006). Em geral, percebemos que os documentos apontam, incialmente, para uma formação cuja base é a práxis docente, mas que reflete objetivos da agenda neoliberal para a formação de professores no Brasil.