Doença Falciforme (DF) é a nomenclatura utilizada para designar um conjunto de hemoglobinopatias decorrentes de uma mutação no gene beta-globina do cromossomo 11. Dentre elas, destaca-se a anemia falciforme (HbSS) pela sua alta prevalência e alto potencial de morbimortalidade. Nesse cenário, uma família que apresenta uma criança ou adolescente com DF tem alterada toda sua dinâmica biopsicossocial, sobretudo no contexto da pandemia do COVID-19, na qual o distanciamento social é recomendado. Assim, esse trabalho visa apresentar a experiência bem-sucedida do Programa Extensionista “Educar Falciforme”, vinculado à Universidade Federal de São João Del-Rei, pilar na rede de apoio para o manejo do cliente e da família com DF, em um período em que novos processos – sobretudo online – tornam-se necessários para a oferta de cuidados em saúde de doenças crônicas não transmissíveis (DCNT). Como metodologia, o relato de experiência e a pesquisa bibliográfica foram propostos. A partir dessa experiência, os resultados apontaram que apesar das circunstâncias adversas, as dinâmicas virtuais são necessárias para a manutenção da integralidade do cuidado das famílias com DF em um período pandêmico. Concluiu-se que a extensão é uma ferramenta importante para o apoio na rede de saúde.