Na atualidade é notório que as crianças, em idade escolar, não manifestam interesse pelos jogos e brincadeiras antigas, observa-se que estão sendo estimuladas e conduzidas para o uso de novas tecnologias e dos eletrônicos. A questão norteadora deste estudo é: os professores utilizam os jogos e brincadeiras tradicionais em sala de aula e qual a opinião deles sobre o assunto? Teve como objetivo identificar a opinião dos docentes em relação aos Jogos e Brincadeiras no desenvolvimento integral dos alunos do 1º ao 5º ano do ensino fundamental na cidade de Belo Horizonte – MG. Foi realizada uma pesquisa de campo, descritiva com enfoque qualiquantitativo, aplicando um questionário semiestruturado, numa amostra de 100 professores. No referencial teórico buscou-se por pesquisas relacionadas ao desenvolvimento infantil: aspecto motor, afetivo, cognitivo e social, além dos jogos e brincadeiras no contexto escolar e a dinâmica de aulas propostas pelos professores, utilizadas no passado, destacando as percepções do aprender brincando e brincar aprendendo no ensino fundamental, com a mediação dos jogos e brincadeiras em sala de aula. O estudo aponta que há unanimidade entre os docentes entrevistados no sentido de compreender e utilizar os jogos e brincadeiras tradicionais como parte do processo pedagógico de ensino-aprendizagem. Percebendo-se a necessidade de atualização técnica dos profissionais para a implantação e aplicação das atividades lúdicas no formato pedagógico. Embora eles conheçam a importância dos jogos e brincadeiras para o desenvolvimento dos alunos, percebeu-se que as intervenções, diretas nas escolas, ainda são comedidas. Os entrevistados afirmaram que os maiores benefícios estão relacionados à interação em grupo, capacidade de raciocínio e concentração, confirmando em parte a hipótese deste estudo. Verifica-se a necessidade do entendimento mais amplo quanto à prática de jogos e brincadeiras, que abranja os aspectos do desenvolvimento e integralidade, gerando nos professores mais intencionalidade pedagógica no planejamento da prática. Portanto, reconhecendo os benefícios, conformidade e uniformidade dentro das instituições de ensino, para que os jogos e brincadeiras sejam vistos, não apenas, como ferramenta de recreação, mas como um ato de aprendizado, fonte inesgotável de prazer, alegria e satisfação.