A Case-Control Study of Severe Physical Abuse of Older Adults

Abstract

This is the first clinical case-control study detailing clinical outcomes and evaluating risk factors of persons suffering severe physical abuse. Of elderly trauma victims, those who are physically abused have more-severe injuries than their nonabused counterparts. More research is needed to better evaluate risk factors of physical abuse and effective interventions.

Maus-tratos contra idosos em Porto Alegre, Rio Grande do Sul: um estudo documental

“…Esses resultados são semelhantes aos encontrados em outros trabalhos (Instituto Brasileiro de Ciências Criminais, 2000;Friedman et al, 2011;Melo et al, 2006;Quinn & Tomita, 1997), sendo considerados fortes preditores de transtornos psicológicos, como depressão e ansiedade, de auto--negligência e de mortalidade Lachs et al, 1998;Melo, 2002;Mosqueda & Dong, 2011). O risco de mortalidade em idosos que sofrem maus-tratos está associado a níveis mais elevados de sintomas depressivos e níveis mais baixos de rede e engajamento sociais .…”

“…No que diz respeito ao perfil da vítima, o estudo encontrou que, na maioria das vezes, tratase do sexo feminino, com idade avançada, sem companheiro (viúva, solteira ou separada) e de baixa escolaridade, resultado semelhante ao encontrado em outros trabalhos (Acierno et al, 2010;Duque et al, 2012;Friedman et al, 2011;Melo et al, 2006;Nogueira et al, 2011;Quinn & Tomita, 1997;Oliveira et al, 2013;Skirbekk & James, 2014;Thomson et al, 2011). A baixa escolaridade aumenta a necessidade de assistência para a administração financeira (Machado & Queiroz, 2006) e diminui o acesso do idoso às redes de cuidado disponíveis, tornando-o mais dependente do familiar.…”

“…Dentro do contexto do envelhecimento, sabe-se que esse é um processo caracterizado por uma série de modificações físicas, cognitivas, funcionais e sociais que podem levar ao aumento de morbidades e, consequentemente, favorecer ou não o nível de fragilidade dos idosos (Argimon & Stein, 2005;Leonardo et al, 2014). No caso daqueles que se encontram menos protegidos, isto é, sem uma rede de apoio segura, pode ser observado o aumento do risco para a ocorrência de maus-tratos (Friedman, Avila, Tanouye, & Joseph, 2011;Machado & Queiroz, 2006). Nos diferentes veículos de comunicação, são frequentes as notícias de idosos que sofreram algum tipo de maus-tratos, podendo ser físico, psicológico e até mesmo financeiro, tanto por familiares quanto por cuidadores e/ou instituições de longa permanência.…”

“…Especificamente em relação ao agressor, estudos nacionais e internacionais apontam que, geralmente, é um familiar do idoso (Friedman et al, 2011;Grossi & Souza, 2003;Pinto et al, 2013;Quinn & Tomita, 1997;Skirbekk & James, 2014). Segundo Friedman et al (2011), 85,0% dos agressores são parceiros íntimos ou familiares.…”

“…O agressor é, tipicamente, um adulto de meia-idade, geralmente um filho, financeiramente dependente da vítima e com problemas mentais e/ou dependente de álcool e drogas (Grossi & Souza, 2003;Quinn & Tomita, 1997;Skirbekk & James, 2014). As mulheres são mais agredidas do que os homens (Friedman et al, 2011;Melo et al, 2006).…”