“A Cidade Foi Repartida E Nós Não Fomos Convidados”: Ação Coletiva E a Construção De Uma Noção De Cidade No Coletivo Debaixo

Abstract

Resumo Este artigo tem o objetivo de analisar o processo de construção de uma noção de cidade pelo Coletivo Debaixo e sua atuação em torno da pauta do “direito à cidade” entre os anos de 2013 e 2016 em Aracaju. Para isso, analisamos os fanzines publicados pelo coletivo para a difusão da causa. Nesse sentido, o trabalho demonstra o processo de tradução local elaborado pelo Coletivo em torno da ideia de uma cidade enquanto problema social e um espaço político cuja disputa pode ser através do uso da ocupação cultural.

Teoria Social em Transformação: Dimensões Teóricas e Práticas Sociais de Construção de Saberes e de Relações de Poder

“…A compressão pode ser entendida ao longo do tempo quando se analisa o formato de tabuleiro de xadrez "Quadrado de Pirro", concebido pelo engenheiro Sebastião Basílio Pirro em 1855, ao centro urbano de Aracajú. O traçado visou conferir à cidade uma funcionalidade considerada moderna, associada a uma estética originada no início do século XIX, na França (SANTOS, 2009;CRUZ, 2016;SOUZA NETO, 2016;OLIVEIRA, 2018). O traçado se fez em localizações destinadas às pessoas de maior poder aquisitivo -aristocracia rural, industriais e comerciantes abastados e acabou por relegar à população pobre, majoritariamente negra, a moradia nas periferias da cidade, no entorno das áreas de mangabeiras.…”

Contribuições Das Ferrovias Norte-Sul E Centro-Atlântica Na Expansão Do Vetor Externo Da Economia Do Centro-Oeste

“…Quando se visita a história, em particular no período de expansão das atividades do café no final do século XIX, percebe-se que os cafeicultores e os comerciantes da época interessavam-se pelo desenvolvimento da rede ferroviária na região cafeeira. Porém, o que se observou empiricamente foram construções de ferrovias de penetração, ligando zonas produtoras aos portos de escoamento, sem a preocupação de se criar uma rede nacional, dificultando, assim, a integração e o desenvolvimento econômico do país (SANTOS, 1965).…”