Este estudo objetivou analisar a disponibilidade e ocupação dos leitos de unidade de terapia intensiva (UTI) para covid-19, entre as regiões de saúde do estado do Pará, no período de 2020 e 2022. Trata-se de um estudo ecológico, transversal, realizado com dados secundários. Coletou-se dados mensais de casos e óbitos de acordo com a data dos primeiros sintomas de síndrome respiratória aguda grave (SRAG), por município de residência no estado do Pará, as internações por local de internação, tipo de leito, nos anos de 2020, 2021 e 2022, sistematizou-se de acordo com as 13 regiões de saúde do estado do Pará. Com esses dados calculou-se letalidade e prevalência e taxa de ocupação em UTI. Para estimar as chances de internações em leitos de UTI com as comorbidades utilizou-se odds ratio, com intervalo de confiança de 95%. Analisou-se a correlação linear simples seguida do teste de Person, para comparação da prevalência por mês e por região de saúde com a respectiva taxa de ocupação em leito de UTI. Em relação ao percentual de leitos de UTI e o uso de suporte ventilatórios observou-se heterogeneidade entres as regiões de saúde. Nas regiões sem leitos de UTI, a letalidade foi maior. Desse modo, fica evidente como algumas regiões estão mais homogêneas que outras, fazendo-se necessárias pactuações entre essas para possibilitar transferência de pacientes. Conclui-se que a heterogeneidade na disponibilização de leitos de UTI nas regiões de saúde do Pará impactou na oferta de serviços, tratamento e sobrevida por covid-19.
Palavras-chave: COVID-19; Coronavírus Relacionado à Síndrome Respiratória Aguda Grave; Unidades de Terapia Intensiva UTI; Planejamento Regional de Saúde.