A Classificação Dos Seres Vivos Nos Livros Didáticos De Biologia Do Ensino Médio: Uma Investigação À Luz Das Novas Contribuições Da Biologia Molecular À Taxonomia

Abstract

O livro didático continua sendo uma das principais fontes de informações científicas usadas em sala de aula, tanto por professores quanto por alunos. O presente artigo faz uma abordagem de caráter exploratório de livros didáticos do PNLD/MEC, com o objetivo de investigar de que forma eles apresentam o tema classificação dos seres vivos em relação aos novos aportes da biologia molecular ao estudo de taxonomia. Selecionamos seis livros didáticos de biologia, integrantes das coleções do PNLD 2018, que foram aprovadas para o uso regular no Ensino Médio das escolas brasileiras durante o triênio 2018, 2019 e 2020. Elaboramos uma ficha com quatro questões para extrair as respostas de acordo com os conteúdos presentes nos textos desses livros referentes à classificação dos seres vivos e apuramos os resultados. Com raras exceções, todos os livros atenderam positivamente aos quesitos perguntados. Destacamos a importância de uma ampliação, contextualização e reestruturação frequente dos conteúdos dos livros didáticos, de modo a se permitir a inclusão de temas modernos, sobretudo nas áreas em que o conhecimento científico avança rapidamente.

Concepções Docentes Acerca Da Biodiversidade Na Perspectiva Da Sistemática Filogenética

“…Considerando-se que o livro didático é a ferramenta mais acessível, democrática e utilizada por docentes e estudantes, trabalhos com essa tratativa é a maioria. Há artigos que analisaram, de forma generalizada, os conteúdos de Sistemática Filogenética nos livros didáticos (Rodrigues, Justina & Meglhioratti, 2011;Moraes & Santos, 2013;Ribeiro, Matos & Bertoni, 2021) estabelecendo relações com a história da ciência (Cordeiro & Morini, 2017), dando ênfase na biologia molecular (Silva & Nery, 2020), em eventos macroevolutivos (Santos, Araújo-de-Almeida & Christoffersen, 2010), considerando a Biodiversidade (Cordeiro et al, 2018a), o estímulo ao "pensamento em árvore" (Coutinho & Bartholomei-Santos, 2014), alertando, de forma indispensável, aos recorrentes erros e distorções conceituais (Lopes & Vasconcelos, 2012;Monteiro & Ferreira, 2021) e situando a temática no contexto do novo ensino médio, trazendo desafios e perspectivas (Mendes, Rizzo & Mayrinck, 2022).…”