2018
DOI: 10.15603/2176-1078/er.v32n3p27-49
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A comunicação, entre o dogma e a conversão: o especificamente comunicacional na religiosidade contemporânea

Abstract: Este texto questiona a religião como espaço típico dos estudos de comunicação voltados para o estudo da centralidade da comunicação na compreensão dos processos sociais. Pressupõe-se que o mundo religioso bordeja os limites da comunicabilidade, tanto quanto da incomunicabilidade. Na tensão entre a conversão e o dogma, distinguem-se as relações religiosas pela dependência de processos comunicacionais, ao mesmo tempo em que carecem fortemente do silenciamento no âmbito do dogma, para a manutenção das identidades… Show more

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“…[...] Não há regras fechadas para o acionamento teóricoeste deve ser tentativamente exercido (BRAGA, 2019, p. 54-55). Signates (2021Signates ( , 2022) aponta a necessidade de traçar condições metateóricas de interlocução para que se possa elaborar um conhecimento em comunicação com polarização do bem e mal; dilemas morais; papel regulador e educador; grande apelo popular; personagens de fácil identificação; forte sentimentalismo; exageros; reviravoltas; justiça; busca pela virtude; criação e resolução de conflitos; coincidências; a procura pela manutenção da estabilidade e equilíbrio; é culturalmente determinado; estados extremos de ser; vilania evidente; perseguição do bem; recompensa final da virtude; expressão inflada e extravagante; suspense; excesso; questões ligadas à subjetividade; pedagogização das sensações (ou efeito pedagógico); mobiliza as reações da plateia; situações extremas; aspectos do cotidiano e da vida privada; esperança; conflitos éticos; manifestação cultural e social; modo de percepção de mundo; movimenta relações pautadas no pathos; cria vínculos empáticos; necessidade de destacar tudo; obviedade; uso de metáforas; presenteia o espectador; cria identificação e engajamento; as imagens carregam significados; música como apoio.…”
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“…[...] Não há regras fechadas para o acionamento teóricoeste deve ser tentativamente exercido (BRAGA, 2019, p. 54-55). Signates (2021Signates ( , 2022) aponta a necessidade de traçar condições metateóricas de interlocução para que se possa elaborar um conhecimento em comunicação com polarização do bem e mal; dilemas morais; papel regulador e educador; grande apelo popular; personagens de fácil identificação; forte sentimentalismo; exageros; reviravoltas; justiça; busca pela virtude; criação e resolução de conflitos; coincidências; a procura pela manutenção da estabilidade e equilíbrio; é culturalmente determinado; estados extremos de ser; vilania evidente; perseguição do bem; recompensa final da virtude; expressão inflada e extravagante; suspense; excesso; questões ligadas à subjetividade; pedagogização das sensações (ou efeito pedagógico); mobiliza as reações da plateia; situações extremas; aspectos do cotidiano e da vida privada; esperança; conflitos éticos; manifestação cultural e social; modo de percepção de mundo; movimenta relações pautadas no pathos; cria vínculos empáticos; necessidade de destacar tudo; obviedade; uso de metáforas; presenteia o espectador; cria identificação e engajamento; as imagens carregam significados; música como apoio.…”
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“…Ao pensar sobre o acionamento teórico através de questões comunicacionais para tecer diálogos entre as áreas, Braga (2019) se preocupa em olhar o que as teorias fazem em sua gênese, o que elas fazem em sua formulação e o que podemos fazer as teorias fazerem. Isso envolve fazer tensionamentos entre o objeto e as teorias, sugestão que se aproxima à proposta metateórica de Signates (2021Signates ( , 2022, que considera importante observar também as incomunicabilidades implicadas nas características do melodrama, o que ele não faz ou não apresenta. A partir dessa ideia de tensão comunicacional, tem-se o dito e não dito, o que busca fazer e o que não fazer, o que coloca em circulação e o que deixa de fora.…”
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“…Talvez, em primeiro lugar, questionar o que é um artigo "de comunicação": o fato de um texto falar de mídia ou interações e ser enviado para uma revista da área não significa, necessariamente, a existência de um aporte propriamente comunicacional. Isso gera outra pergunta, formulada a partir de Signates (2013): o que é um aporte "propriamente comunicacional"? A ausência de um consenso mínimo a respeito das concepções básicas da Área, debate corrente no campo, sobretudo em Peruzzo (2002), Martino (20032005), Felinto (2007, Martino (2018), Pimenta (2011) ou Ferreira (2012, para mencionar apenas alguns, tende a se manifestar com força: um avaliador para quem um estudo "de comunicação" deve se dirigir à investigação sobre a mídia poderia recusar um artigo perfeitamente aceitável aos olhos de uma avaliadora com outra visão dos temas tratados pela comunicação; ao mesmo tempo, uma perspectiva amplamente inclusiva tenderia a colocar em xeque a especificidade de uma revista como sendo "de comunicação".…”
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