“…A base de reflexão deste artigo advém de uma das maneiras de pesquisar no cotidiano, que envolve a mídia impressa e sua circulação de notícias sobre serviços de saúde.¹ Como argumentam vários pesquisadores, a mídia é uma prática social que atravessa o cotidiano das pessoas, não apenas veiculando notícias, mas também atuando como co-produtora de sentidos e de subjetividades (Fairclough, 1995;Spink, Medrado, Menegon, Lyra & Lima, 2001;Thompson, 1995). A mídia, portanto, é uma fonte de pesquisa no cotidiano muito importante, pois desempenha papel relevante (de valor negativo ou positivo) nos processos de produção de sentidos sobre saúde e doença, seja veiculando elementos de vanguarda (Gaskell, Bauer, & Durant, 1998;Herzlich & Pierret, 1992), seja reafirmando modelos e práticas tradicionais e discriminatórias (Lyons, 2000;Spink, 2006).…”