“…Se atentarmos aos vinte anos que separam 1995 e 2015, constataremos que o número de matrículas em cursos de graduação saltou de aproximadamente 1,8 para 8,0 milhões de acordo com o CES, elevando a taxa líquida de escolarização medida pela Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílio (Pnad) de 6,8% para 21,3% da população de 18 a 24 anos (Figura 2). Nos anos mais recentes, após a crise política e econômica deflagrada em 2015, 6 ainda se observa um crescimento do número de matrículas, mas em ritmo desacelerado, alcançando o patamar histórico de 8,6 milhões em 2019, das quais 6 em cada 10 matrículas ocorrem nas 5 Esse indicador difere da taxa líquida de matrícula por considerar, além da população de 18 a 24 anos que frequenta o ensino superior, a população na mesma faixa etária que já obteve algum diploma nesse nível de ensino (CASEIRO; AZEVEDO, 2018); igualmente chamada de "taxa líquida de matrícula ajustada". 6 Por uma conjunção de fatores internos e externos, a economia brasileira apresentou recessão econômica nos anos de 2015 e 2016, período em que o Produto Interno Bruto (PIB) retraiu, respectivamente, 3,8% e 3,6% (CARVALHO, 2018).…”