“…Nesta classe, ficou evidenciado que após o processo de amputação, os pacientes experimentam sentimentos variados, no qual percorre as margens da resiliência e da negação, como culpa e arrependimento por não ter conseguido evitar o procedimento, ou ainda, forças para recomeçar, por estarem muitas vezes livres de dores, infecções, ou por não correr risco de vida no momento. Dentre os aspectos que envolvem a amputação, os indivíduos vivenciam sentimentos negativos em relação à sua imagem corporal, se manifestando principalmente em baixa autoestima, tristeza e saudade, como são evidenciados pela fala dos entrevistados: (10) afirmam que deformidades, amputações e defeitos físicos são formadores de corpos periféricos para os indivíduos, ou seja, o físico passa ser visto e sentido como oposto à beleza e aos padrões aceitos pela sociedade. Já que a imagem corporal é definida a partir das percepções físicas, cognitivas, afetivas e comportamentais, e se relacionam a fatores internos e externos, o impacto do processo de amputação resulta em profunda perturbação psicológica, pois o indivíduo precisa lidar com seus próprios sentimentos e as normas da sociedade na qual está inserido, provocando traumas e frustrações (11) .…”