A Governança Corporativa surgiu como forma de mitigar a distância entre os investidores e gestores, através de uma maior transparência, garantindo uma maior proteção aos acionistas, segundo as práticas indicadas pelo IBGC. Dessa forma, ao adotar práticas de Governança Corporativa, as organizações estão maximizando seu valor, ao longo do tempo, melhorando o desempenho econômico-financeiro, haja vista o objetivo de induzir os tomadores de decisões a terem atitudes voltadas a maximizar o valor das organizações e alinhar interesses de partes conflitantes. O presente artigo objetiva verificar o impacto que a mudança de uma empresa, de um nível diferenciado de governança corporativa para outro, provoca no seu desempenho econômico-financeiro e no seu valor de mercado. A amostra foi composta por 18 empresas listadas na BM&FBOVESPA, cuja seleção ocorreu em função da migração de um nível para outro de governança, nos períodos de 2002 à 2013. Para análise dos dados, foi aplicado o teste de média T student emparelhado, que conduziu a não rejeição da hipótese H 1 (as médias das variáveis endividamento, retorno sobre o ativo, lucro por ação e valor de mercado, no período anterior e posterior à mudança de nível de governança corporativa, não são iguais); e o teste t de student, com amostras independentes, que não refutou a hipótese H 2 (as médias dos indicadores calculados nas empresas que mudaram de nível de governança não são iguais às médias das empresas do setor).