2011
DOI: 10.1590/s0102-64452011000200005
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A contribuição marxista para o estudo das relações internacionais

Abstract: Este artigo parte da constatação conhecida de que Marx não teria elaborado em seus trabalhos um conceito acabado de nação. Além disso, há grande controvérsia a respeito da existência de uma teoria marxista de Estado. Corolário imediato, Marx não teria produzido uma análise de relações internacionais consistente. Isso poderia levar à seguinte conclusão: haja vista a importância fundamental dos conceitos de nação e de Estado nas teorias dominantes da disciplina de relações internacionais, não haveria em Marx um … Show more

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“…As correntes tradicionais das Relações Internacionais evidentemente não estão preocupadas com a relação Estado-economia e, em função disto, fadadas a encobrir a totalidade complexa do panorama analítico. Isso acontece porque a lógica de rational choice, presente em ambas as tradições clássicas, nega a correlação entre Estado e burguesia e inviabiliza a compreensão da política internacional mais próxima da concretude e, portanto, nas palavras de Vigevani et al (2011), "resulta na perda de alcance analítico das teses elaboradas pelas escolas dominantes da disciplina" (Vigevani et al, 2011, p. 137).…”
Section: O Materialismo Histórico E a Crítica à Política Internacionalunclassified
“…As correntes tradicionais das Relações Internacionais evidentemente não estão preocupadas com a relação Estado-economia e, em função disto, fadadas a encobrir a totalidade complexa do panorama analítico. Isso acontece porque a lógica de rational choice, presente em ambas as tradições clássicas, nega a correlação entre Estado e burguesia e inviabiliza a compreensão da política internacional mais próxima da concretude e, portanto, nas palavras de Vigevani et al (2011), "resulta na perda de alcance analítico das teses elaboradas pelas escolas dominantes da disciplina" (Vigevani et al, 2011, p. 137).…”
Section: O Materialismo Histórico E a Crítica à Política Internacionalunclassified
“…Quanto ao método a ser empregado, este estudo se baseou em acepções metodológicas críticas -mais especificadamente no método estruturalista Vigevani et al (2011). destacam que, em teorias marxistas, a abordagem econômica explica o desenvolvimento das relações estatais e por elas se busca compreender a estrutura e a dinâmica de tais relações.…”
unclassified
“…A área das Relações Internacionais (RI) é uma das poucas Ciências Sociais em que tem sido relativamente fácil evitar um encontro com Karl Marx e Friedrich Engels e o pensamento marxista. A despeito de algumas notórias exceções 4 , tal desencontro é justificado com argumentos distintos, segundo os quais o Marxismo seria uma teoria economicista que reduziria os fenômenos da política internacional à dinâmica da economia capitalista; não ofereceria uma teoria sobre o Estado (o principal agente das relações internacionais); seria meramente uma perspectiva normativa dedicada à utopia socialista e incapaz de realizar análises da realidade concreta; ou até mesmo seria mais uma dentre as várias perspectivas eurocêntricas (SCLOFSKY;FUNK, 2018;VIGEVANI et. al., 2011).…”
unclassified