“…Tampouco notam problema ao alegarem o "perigo" dos conflitos de ideias das crianças com as de professores, quando vários autores, como Becker, Grando e Hattge (2020) defendem que justamente é na discussão de pontos de vista divergentes que ocorre a aprendizagem da convivência com diferentes e que propicia a constituição da vida em comum, de um senso de coletividade (Ventura, 2020) e a construção da identidade em contextos relacionais plurais (Ribeiro, 2020). Como resultados da ausência dos conflitos, esses autores apontam a sobreposição de interesses particulares dos grupos que defendem a ED sobre interesses públicos (Cury, 2006), com caráter antidemocrático (Araújo;Leite, Práxis Educativa, Ponta Grossa, v. 18, e21699, p. 1-22, 2023 Disponível em: <https://revistas2.uepg.br/index.php/praxiseducativa> 13 2020; Ribeiro, 2020), associando este ideário ao individualismo (Araújo;Leite, 2020), que opta pelo individual da casa e da família em oposição ao coletivo, da escola, privatizando a vida social (Araújo, Leite, 2020;Barbosa, 2016); ou, mais especificamente, como mais um braço da privatização da educação, como já indicado anteriormente (Adrião, 2018).…”