Inserido na temática dos territórios rurais, o objetivo deste artigo é analisar as complexas relações entre a juventude rural, seus territórios e as prevalentes desigualdades sociais e econômicas, considerando também o impacto ambiental. Para isso, são problematizados os conceitos de território, território rural, desigualdade, sustentabilidade e juventude rural. Metodologicamente, o estudo é qualitativo, apoiado em técnicas descritivas, exploratórias e de revisão bibliográfica, e quantitativo, utilizando dados do Censo Agropecuário de 2017 sobre juventude rural, território, agricultura familiar e sustentabilidade. Os resultados indicam uma intrínseca e complexa relação entre território, desigualdade, sustentabilidade e juventude rural, onde as adversidades enfrentadas por essa população contribuem diretamente para o abandono das práticas agrícolas e impactam o meio ambiente. Assim, evidencia-se a necessidade de políticas públicas específicas para esse público, além de abordagens abrangentes e interdisciplinares que permitam compreender a complexidade dos contextos nos quais os jovens rurais estão inseridos, enfatizando a sustentabilidade e ressaltando a importância deste estudo para o desenvolvimento de estratégias eficazes de intervenção no âmbito social, econômico e ambiental.