Objetivo: este trabalho tem como objetivo relatar e analisar as experiências de mães, a partir do diagnóstico de microcefalia, do filho, em decorrência da infecção pelo Zika Vírus. Materiais e métodos: esta pesquisa trata-se de um estudo descritivo, com abordagem qualitativa, realizado com duas mães de crianças com microcefalia, residentes em um município localizado na região Centro-Oeste, em Mato Grosso, no Brasil. As entrevistas foram realizadas em 2018 e analisadas por meio de análise de conteúdo, na modalidade temática. Resultados: as mães, que vivenciaram a experiência de ter um filho com microcefalia, reagiram ao diagnóstico com surpresa e desespero e ao luto com angústia e dor. Além disso, as progenitoras apresentaram pouco conhecimento sobre a doença e o prognóstico. Esta investigação evidenciou a mudança na dinâmica familiar frente à doença, e as dificuldades na interação da família com o setor básico de saúde. Conclusão: os registros apontam que é urgente a necessidade de acolhimento permanente e integral às mães, de forma que se estenda o cuidado com a saúde, não somente das crianças, mas, também, da unidade familiar.