A educação é um direito garantido a todos, independente das condições físicas e mentais do sujeito. Todavia, o direito a matricula por si só não garante a inclusão do estudante com deficiência nas escolas, sendo necessárias adaptações arquitetônicas, formação inicial e continuada voltada a educação especial e recursos que atendam as especificidades de cada sujeito. O presente estudo buscou realizar um estado da arte de trabalhos que permeavam sobre o ensino de Química e o deficiente visual no contexto de anais de três eventos brasileiros de ensino/educação em Ciências/Química, no período de 2009 a 2019. Ao total, foram mapeados 74 trabalhos, os quais foram analisados e discutidos dentro de quatro categorias formuladas, sendo elas: Adaptação de estratégias e materiais didáticos; Formação de professores; Revisão da literatura e Concepções sobre a inclusão. A partir dos resultados obtidos, é possível concluir que há uma grande preocupação de professores e pesquisadores em desenvolver ou adaptar metodologias e estratégias de ensino de química para estudantes com deficiência visual. Porém, observou-se carência em trabalhos que discutem o processo formativo de professores, a nível inicial ou continuado, com visão atenta ao ensino de química para pessoas com deficiência visual. Outro ponto relevante observado nesse trabalho sugere que a formação dos professores influencia, de forma significativa, as concepções dos docentes sobre o processo de ensino, aprendizagem e desenvolvimento do estudante com deficiência visual.