Este estudo teórico pretende, enquanto breve narrativa temática acerca de subjetividade e psicofármaco, abordar de forma crítica a escolha psicofarmacológica. Este tema, que inquieta a muitos há algum tempo, encontra-se em estado agudo: os números atuais são ainda mais alarmantes que antes e seguem crescendo. O fenômeno atualmente chamado de farmaceuticalização (ou farmacologização) -ou seja, a escolha por um fármaco em detrimento de outras opções não farmacológicas -incide diretamente sobre o consumo psicofarmacológico. Abordaremos o tema com ênfase sobre a subjetividade que busca o medicamento, até mesmo em uma vertente supostamente preventiva, para se evitar a dor psíquica e, em algumas vezes, o trabalho psíquico. Há uma subjetividade não-medicável, que parece se encontrar negada neste estado de coisas.