Nesta pesquisa, buscamos analisar a sobrerrepresentação política e o sucesso eleitoral das ocupações dos candidatos que concorrem ao Executivo Estadual. Para isso, desenhamos um perfil sociopolítico dos candidatos que competem pelos cargos do executivo subnacional das regiões do Brasil e da elite política eleita no período de 2006 a 2018. Utilizamos como base teórica, estudos de autores clássicos e contemporâneos da área do elitismo e do profissionalismo político. Utilizamos o método posicional da teoria elitista clássica, composta pelos candidatos que conseguiram, ao final do pleito, o cargo de governante estadual. Em contrapartida, caracterizamos o profissionalismo político através das profissões indicadas pelos candidatos ao executivo estadual, valendo-nos de informações disponíveis no site do Tribunal Superior Eleitoral (TSE). Deste modo, analisamos o perfil sócio ocupacional dos candidatos: grau de instrução, bens declarados e ocupação dos candidatos aptos a concorrer à eleição e situação -não eleito e eleito no 1º e 2º turno. Como esperado, os dados apontam que as regiões brasileiras estão sobrerrepresentadas por políticos de carreira, eleitos aos cargos de governador, entre os quais se destacam as ocupações de governadores, senadores e deputados. Porém, cabe ressaltar que as regiões Norte e Nordeste são mais suscetíveis à diversidade sociopolítica dos candidatos, o que é menos provável nas regiões Centro-Oeste, Sudeste e Sul. Isso nos levou as diversas hipóteses a serem respondidas em trabalhos posteriores.Palavras-chave: Elitismo. Profissionalismo Político. Governadores. Regiões do Brasil.
INTRODUÇÃOO termo "elite política" ganhou visibilidade com o advento das democracias representativas modernas. Foram construídas várias formulações teóricas para tentar conceituá-la e identificá-la em contextos sociais e políticos distintos. Esse tema difundiu-se com