A agenda de pesquisas sobre elites políticas no Brasil despende pouca atenção à esfera municipal, bem como às diferenças que envolvem os acessos de homens e mulheres aos cargos representativos. Nosso objetivo é caracterizar os legisladores municipais catarinenses em termos sócio demográficos, associativo e de adesão à democracia, tendo em vista a importância de suas crenças ao fortalecimento do regime. Em torno disso, utilizamos os dados produzidos pelo projeto de extensão intitulado 1º Censo do Legislativo Municipal Catarinense, realizado por pesquisadores vinculados ao Programa de Pós-Graduação em Sociologia Política da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) e à Escola do Legislativo da Assembleia Legislativa do Estado de Santa Catarina. A pesquisa inédita contou com vereadores de 230 municípios da legislatura de 2013-2016. Os principais achados demonstram que as desigualdades verificadas na sociedade como um todo refletem na composição dos legislativos municipais brasileiros, já que a participação política é mais custosa e exigente às mulheres, uma vez que necessitam acumular diversos recursos ou capitais em medida mais expressiva do que os homens. Além disso, apresentamos questões com vistas ao estabelecimento de uma agenda de pesquisa que relacione elites políticas locais e valores políticos, bem como reforçamos a necessidade de diálogos entre distintas categorias/temáticas de estudos, como comportamento político, elitismo e gênero.
Por meio de análise quantitativa de dados produzidos pelo projeto World Values Surveys, o artigo pretende identificar o impacto que o período de vigência de instituições democráticas em nosso país produziu sobre as faixas etárias mais jovens da população, que tiveram suas experiências de socialização política sob tal forma de governo. Partindo do pressuposto de que a incorporação de valores e atitudes que subsidiam os comportamentos políticos individuais ocorre principalmente nas duas primeiras décadas de vida do indivíduo, procuramos verificar a validade da hipótese de que as instituições democráticas e as experiências que as mesmas proporcionam tenderiam a favorecer o estabelecimento de disposições mais participativas entre o público nacional mais jovem. Para tanto, foram empregados testes de associação entre uma variável que distingue diferentes grupos etários e algumas medidas sobre participação em diferentes modalidades de participação política.
Este artigo apresenta os resultados da pesquisa Democracia, mídia e capital social: um estudo comparativo da socialização de jovens do Sul do Brasil, realizado nas três capitais da região, entre 2015 e 2016, com alunos do ensino médio de escolas públicas e privadas escolas. Focalizamos nossa análise na participação política, para verificar quais seriam os determinantes e relações das modalidades de participação online e offline. A principal hipótese que permeia este estudo é que há uma maior disponibilidade para a participação on-line e modalidades off-line não convencionais. Além disso, também discutimos acerca dos determinantes das diferentes modalidades de ação através de análises descritivas e multivariadas de natureza comparativa e individual entre cidades. Os resultados mostraram que, embora não haja preferência pelas ações diretas e pelo ambiente on-line, há um fortalecimento mútuo entre elas e uma convergência entre modalidades e ambientes. Palavras-chaveParticipação Política; Juventude; Porto Alegre; Florianópolis; Curitiba. AbstractThis article brings partial results of the research Democracy, media and social capital: a comparative study of political socialization of the young people of the South of Brazil conducted in the three capitals of the region, between 2015 and 2016, with high school students from public and private schools. We focus our analysis on political participation, to verify what would be the determinants and the relations of online and offline participation. The main hypothesis that permeated this study is that there is a greater willingness to participate online and for non-conventional off-line modalities. In addition, we also discuss the determinants of different modes of action through descriptive and multivariate analyzes, making comparative analyzes and individual models between cities. The results showed that, although there is no preference for direct actions and the online environment, there is a mutual strengthening between them and a convergence between modalities and environments.
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