“…Usualmente, a maioria das pessoas não são politicamente ativas numa base permanente, e questões de identidades ou de interesse comum são politizadas por algum subsetor desses grupos (Philips, 1995;Young, 1990Young, , 2000Dovi, 2002;Mansbridge, 2003, McBride, 2005. Além disso, pessoas em desvantagem podem não usufruir das condições mínimas que lhes permitam ter autonomia individual e política; sofrem de destituição extrema, vulnerabilidade, opressão e ausên-cia de liberdade (Sen, 1999;Souza, 2006;Bohman, 2007b). Esperar que elas "conquistem a própria voz", para conferir autenticidade e legitimidade às suas demandas, ou, então, esperar que se engajem em movimentos de contestação na esfera pública para processar seus projetos emancipatórios, pode ser um modo de relegar esses sujeitos à própria sorte, deixando inalterado o status quo.…”