O presente artigo propõe discutir, por meio de perspectivas das Relações Internacionais, a relação entre o choque de civilizações e o pentecostalismo brasileiro. Nosso intuito aqui não é declarar apoio ou discordar da polêmica tese de Huntington, mas sim averiguar um apelo à identidade civilizacional neste grupo. Para tanto, buscaremos analisar a construção da identidade judaico-cristã fomentada pelos discursos de políticos e pastores pentecostais, bem como as implicações para esse “Outro” islâmico que surge nestes discursos. A religião é parte importante dessa lógica, ao originar civilizações homogêneas e antagonistas.