O estudo objetivou identificar a correlação de doenças crônicas e uso de medicamentos em idosos com diagnóstico de depressão. A pesquisa foi do tipo transversal, descritivo e analítico em prontuários de pacientes atendidos no ambulatório de Saúde do Idoso, do Centro de Especialidades Médicas do Centro de Universitário do Estado do Pará (CEMEC), após aceite institucional e aprovação do Comitê de Ética e Pesquisa. Os dados foram coletados a partir do prontuário de 155 pacientes na faixa etária maior que 60 anos, de ambos os sexos, através de um questionário, com as seguintes variáveis: número do prontuário, idade, diagnóstico de depressão, uso e número de medicações e comorbidades associadas. Observou-se que 60,53% dos idosos usavam de 4 a 6 medicamentos, 55,26% deles possuíam de 4 a 6 comorbidades, sendo a mais frequente, HAS, com 81,58% dos idosos depressivos. A doença de Parkinson (5,26%) e o Acidente Vascular Encefálico (5,26%) aparecem como as comorbidades mesmo frequentes, seguidos pelo Transtorno Neurocognitivo Maior tipo Alzheimer (7,89%). Este estudo mostrou que entre os idosos que possuíam depressão e faziam uso de polifarmácia, a DCNT mais prevalente foi a HAS, é possível concluir que a doença depressiva é um possível fator de risco para desenvolvimento de doenças cardiovasculares. Portanto, pode-se afirmar que, para uma melhor qualidade de vida do idoso com depressão é primordial o amparo familiar, lazer e exercícios físicos, com o propósito de liberar mais neurotransmissores serotoninérgicos.