“…Um seguiu, primordialmente, o maior peso de circulação local atribuído aos tabloides pelos próprios interlocutores quando discutíamos a respeito do impacto da Essa construção de dados faz parte de uma pesquisa de campo mais abrangente que se deu durante etnografia que realizei na capital do Ceará, Fortaleza, entre os anos de 2017 e 2019, tempo esse dividido entre visitas regulares e moradia contínua de um ano entre 2017 e 2018. Esse período de pesquisa foi imaginado incialmente para a confecção da minha tese de doutorado sobre saúde trans, política e biomedicina (Vieira, F., 2020), durante o qual convivi com artistas, ativistas, pacientes/usuários do SUS e profissionais de saúde (majoritariamente médicos e médicas e psicólogos e psicólogas) em clínicas, hospitais, abrigos, eventos políticos e no mais banal cotidiano de interlocutores, ao que se seguiram entrevistas de longa duração e análise de arquivos históricos e documentos estatais. Meu foco recaía especificamente no acesso de pessoas trans aos serviços de saúde e às estratégias empreendidas por pacientes e profissionais de saúde para criar um cenário legítimo com objetos, práticas, pessoas e discursos que chamei de campo social da saúde trans.…”