Compreender, sob a ótica de docentes, o impacto da ausência de atividades práticas e de estágios na formação de acadêmicos durante a pandemia. Pesquisa qualitativa, exploratória e descritiva, realizada com docentes de uma universidade pública localizada na região Sul do Brasil. A coleta de dados ocorreu no mês de junho de 2020, por meio de questionário semiestruturado aplicado na plataforma GoogleForms®. Os dados foram organizados pelo software IRaMuTeQ® por meio da nuvem de palavras e analisados à luz das premissas da práxis Freiriana. Participaram do estudo 81 docentes. As palavras com maior frequência no corpus das respostas foram ‘’sim’’ (n=57) e “não” (n=24), e estas estão articuladas as palavras: ‘‘estágio’’ (n=23), ‘‘aluno’’ (n=20), ‘‘formação’’ (n=17) e ‘‘prático’’ (n=6). Dessa forma o “sim” indicou que a maioria dos docentes acreditam que a ausência do estágio obrigatório poderá ser prejudicial para a formação dos acadêmicos e a “não” está relacionada as respostas de alguns docentes que pontuam que as atividades podem ser repostas em outros momentos e os elementos serão recuperados ao longo do processo pedagógico, assim não prejudicariam a formação dos alunos. Ausência de atividades práticas e estágios, segundo a ótica da maioria dos docentes impactam na formação profissional dos alunos, especialmente na articulação do conhecimento teórico-prático, portanto alternativas como a reorganização do calendário acadêmico para sua realização serão necessárias.